MST faz marcha pela Reforma Agrária e contra a crise no PR

Cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras do MST, juntamente com a Via Campesina e Assembléia Popular, promovem um mutirão para debater a crise econômica e o Projeto Popular para o Brasil, com o lema “Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise!”.

Organizados em duas colunas de 200 pessoas, os militantes do Paraná irão atravessar todo o estado em marcha, dialogando com a população os efeitos da crise econômica sobre os trabalhadores e a necessidade de um Projeto Popular para o Brasil, além de exigir a realização da Reforma Agrária como uma alternativa a crise.

A caminhada começa hoje (18), a partir das 9h, com a coluna do Norte saindo de Florestópolis até Porecatu, onde será realizado um ato na praça central da cidade, com as famílias Sem Terra do acampamento Herdeiros de Porecatu, antiga fazenda Variante. Em seguida os marchantes seguem para Alvorada do Sul.

Na terça-feira (19), a coluna do Oeste, saindo de Foz do Iguaçu, também inicia a caminhada. As colunas seguem em direção à capital paranaense, com chegada prevista para o início de junho.

Ao longo dos anos, os trabalhadores vem produzindo riquezas, que são apropriadas pelos donos de terras, empresas, fábricas e bancos. No entanto, esse sistema sustentado na exploração dos trabalhadores e destruição dos recursos naturais entra novamente em colapso.

Neste momento, os movimentos sociais, sindicatos e entidades de defesa dos trabalhadores, denunciam que mais uma vez os patrões e governos querem fazer com que o povo pague a conta da crise, realizando demissões em massa, cortando direitos trabalhistas e sociais, para manter suas altas taxas de lucro.

Segundo Izabel Grein, da coordenação nacional o MST, na luta contra essa exploração, os marchantes realizam um mutirão de debate para a construção de um Projeto Popular, que contemple a bandeira de todos os trabalhadores brasileiros.

Os trabalhadores também cobram agilidade no processo de Reforma Agrária, como uma saída para o povo neste momento de crise, além de denunciar o desemprego causado pelo agronegócio.

Atualmente, ainda existem cerca de 100 mil famílias acampadas em todo país. Somente no Paraná são aproximadamente 7.000 famílias, vivendo em barracas de lonas, em latifúndios improdutivos e beiras de estradas.

Durante todo o trajeto, os marchantes passarão por várias cidades do estado, parando em locais como: escolas, paróquias, sindicatos, empresas e bairros para realizar debates com a população.

A coluna do Norte segue pelos municípios de Bela Vista do Paraíso, Londrina, Rolândia, Arapongas, Marialva, Sarandi, Maringá, Mandaguari, Jandaia do Sul, Apucarana, Marilândia, Ortigueira, Imbaú, Ponta Grossa, Campo Largo e Curitiba.

Enquanto a coluna do Oeste seguirá por Foz do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Cascavel, Ibema, Nova Laranjeira, Laranjeiras do Sul, Cantagalo, Guarapuava, Irati, Palmeiras, Campo Largo e Curitiba.