MST ocupa área da Duratex no interior de São Paulo
Cerca de 150 integrantes do MST ocuparam uma fazenda da empresa Duratex, próxima à rodovia Raposo Tavares, no município de Itapetininga, neste domingo (24/5). O acampamento, formado por famílias que vivem debaixo da lona preta desde 2003, cobra a realização da reforma agrária e o assentamento das 1.600 famílias acampadas no estado.
O objetivo da ação é discutir a função social e ambiental do imóvel, que atualmente se destina exclusivamente à produção de eucalipto.
Joaquim da Silva, dirigente do MST, destaca “os prejuízos ambientais causados pela monocultura do eucalipto, que torna o solo imprestável para a cultura de alimentos”.
Segundo ele, “um pé de eucalipto adulto consome cerca de 30 litros de água por dia, o que desertifica o solo. Além disso, sua cultura não gera empregos no campo”.
Os trabalhadores rurais também denunciam a morosidade do Incra e do governo federal na desapropriação de áreas improdutivas.
Em Itapetininga, existem outras duas fazendas declaradas improdutivas que ainda não foram destinadas para a reforma agrária.