Em defesa da democracia, solidariedade às organizações da Via Campesina e ao povo de Honduras

Com o objetivo de aprofundar a democracia e conseguir uma maior participação democrática, há alguns meses as organizações sociais de Honduras, junto ao presidente Manuel Zelaya Rosales, promoveram uma Consulta Popular para este 28/6. Com grande surpresa, o dia de hoje às 5h da manhã, as Forças Armadas executaram um Golpe de Estado contra o presidente Zelaya, impedindo assim as aspirações democráticas da população, que se preparava para realizar a Consulta Popular.

Com o objetivo de aprofundar a democracia e conseguir uma maior participação democrática, há alguns meses as organizações sociais de Honduras, junto ao presidente Manuel Zelaya Rosales, promoveram uma Consulta Popular para este 28/6.

Com grande surpresa, o dia de hoje às 5h da manhã, as Forças Armadas executaram um Golpe de Estado contra o presidente Zelaya, impedindo assim as aspirações democráticas da população, que se preparava para realizar a Consulta Popular.

Ao conhecer a notícia, as organizações sociais de Honduras, incluindo as entidades que fazem parte da Via Campesina, saíram às ruas para repudiar o golpe de estado e exigir o regresso do presidente Zelaya à suas funções, como garante a lei.

O governo do presidente Zelaya, que tem se caracterizado por defender os operários e camponeses, é um defensor da Alternativa Bolivariana das Américas (Alba). Durante o seu mandato, ele tem promovido ações que beneficiam os camponeses hondurenhos.

Acreditamos que esses fatos são ações desesperadas da oligarquia nacional, da direita e, em especial, das grandes empresas transnacionais, que pretendem preservar os seus privilégios econômicos. Para isso, utilizam a força militar e algumas instituições do país, como o Parlamento, os ministérios, a imprensa neoliberal e outros.

Diante desse repudiável fato, a Via Campesina Internacional demanda:

1 – Restabelecimento da ordem constitucional, sem derramamento de sangue.
2 – Conclamamos ao Exército que não reprima a população de Honduras que exige o retorno da democracia.
3 – Respeito à integridade física dos dirigentes sociais, incluindo Rafael Alegria, dirigente internacional da Via Campesina.
4 – Exigimos o retorno do Presidente Zelaya a suas funções em Honduras
5 – Que as autoridades garantam o pleno exercício democrático da consulta popular, garantindo a livre expressão popular.

A Via Campesina Internacional está atenta a qualquer tipo de violação dos direitos de nossos lideres e organizações, como com o que pode acontecer com o povo de Honduras nestes momentos difíceis.

Convocamos as organizações campesinas e outros movimentos sociais a protestar em frente às embaixadas e consulados de Honduras e a enviar cartas rechaçando o golpe de estado às embaixadas em cada um de seus países. Nos solidarizamos com nossas organizações campesinas em Honduras.

Globalizemos a luta! Globalizemos a esperança!

Comitê Internacional de Coordenação da Via Campesina