Trabalhadores receiam despejo violento no Maranhão

Informações vindas da fazenda Pôr do Sol dão conta de que dois grupos de policiais militares se deslocam para efetuar o despejo dos trabalhadores Sem Terra que ocupam a área desde domingo (26/7). A propriedade, localizada em Bom Jardim, pertence ao juiz Marcelo Testa Baldochi, que desde o início do ano integra a “lista suja” dos empregadores que utilizam mão-de-obra escrava. No momento, um grupo da polícia está no povoado de Nova Vida ( distenate cerca de 30 km da área) e outro grupo já está mais próximo, a 10 km, em uma fazenda da Viena Siderúrgica.

Informações vindas da fazenda Pôr do Sol dão conta de que dois grupos de policiais militares se deslocam para efetuar o despejo dos trabalhadores Sem Terra que ocupam a área desde domingo (26/7). A propriedade, localizada em Bom Jardim, pertence ao juiz Marcelo Testa Baldochi, que desde o início do ano integra a “lista suja” dos empregadores que utilizam mão-de-obra escrava.

No momento, um grupo da polícia está no povoado de Nova Vida ( distenate cerca de 30 km da área) e outro grupo já está mais próximo, a 10 km, em uma fazenda da Viena Siderúrgica.

O MST exige a desapropriação da área e a condenação de Baldochi por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão. O Movimento também se preucupa com a possibilidade de um despejo violento e se prepara para somente sair da área se existir uma liminar de reintegração de posse, caso contrário, os Sem Terra pemanecerão até que a exigência seja considerada.

Juiz escravocrata

A fazenda Pôr do Sol, localizada no município de Bom Jardim, recebeu a visita do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em setembro de 2007 e encontrou 25 pessoas – um deles adolescente, com apenas 15 anos, que nunca freqüentara a escola – em condições análogas à escravidão. À época do flagrante, o juiz atuava como titular da 2ª Vara Criminal de Imperatriz, também no Maranhão.

O flagrante de trabalho escravo na fazenda de Marcelo Baldochi gerou uma sindicância no Tribunal de Justiça (TJ-MA) e uma denúncia ajuizada em março deste ano pelo Ministério Público do Estado (MP), que acusa o juiz de submeter o ser humano a condições degradantes. Além de escravocata Baldochi, ainda é defensor de outros empregadores de mão-de-obra escrava o que acaba lhe parecendo isto ser uma virtude.

Os trabalhadores que ocupam a área são de Alto Alegre Pindaré, uma das mais pobres cidades do Estado e que possui um dos maiores índices de aliciamento de mão-de-obra escrava. A área ocupada pelo MST é grilada e possui mais de mil hectares.