Secretário do PT apóia Jornada

O secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Sociais do PT, Renato Simões, manifestou apoio às bandeiras da jornada de lutas do MST, que cobra medidas para a realização da Reforma Agrária e fortalecimento dos assentamentos, prometidas pelo governo federal depois da Marcha de 2005. "O assentamento das famílias acampadas, a atualização dos índices de produtividade da terra e a recomposição orçamentária do MDA se inserem perfeitamente no debate que estamos suscitando", afirmou o secretário petista.

O secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Sociais do PT, Renato Simões, manifestou apoio às bandeiras da jornada de lutas do MST, que cobra medidas para a realização da Reforma Agrária e fortalecimento dos assentamentos, prometidas pelo governo federal depois da Marcha de 2005.

“O assentamento das famílias acampadas, a atualização dos índices de produtividade da terra e a recomposição orçamentária do MDA se inserem perfeitamente no debate que estamos suscitando”, afirmou o secretário petista.

Segundo ele, a jornada do MST demonstra “a vitalidade da luta social em torno das questões da reforma agrária e do desenvolvimento da agricultura familiar na sociedade brasileira”.

O MST exige o descontingenciamento de R$ 800 milhões do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos.

Parte significativa das famílias acampadas do MST está à beira de estradas desde 2003. O ato também exige o assentamento das 90 mil famílias acampadas pelo país e o investimento em habitação, infra-estrutura e produção de 45 mil famílias que estão assentadas apenas no papel.

Abaixo, leia a versão integral da declaração do secretário petista.

“O acampamentos nacional do MST e as várias iniciativas de mobilização nos estados são elementos que demonstram a vitalidade da luta social em torno das questões da reforma agrária e do desenvolvimento da agricultura familiar na sociedade brasileira. Relançadas pela crise internacional do capital, essas questões só serão efetivamente levadas ao centro do debate político e econômico nacional com mobilização social e elaboração de bandeiras que unam um amplo espectro urbano e rural.

Por isso, saudamos efusivamente as mobilizações e sua articulação com jornadas unitárias construídas nacional e internacionalmente desde a Assembléia dos Movimentos Sociais, por ocasião do Fórum Social Mundial de Belém.

O assentamento das famílias acampadas, a atualização dos índices de produtividade da terra e a recomposição orçamentária do MDA – eixos principais das mobilizações – se inserem perfeitamente no debate que estamos suscitando por ocasião do II Colóquio PT x Movimentos Sociais, de uma agenda comum que possa ser construída para esse próximo período, preservando-se sempre as autonomias entre PT e movimentos sociais e destes entre si.

Ao ressaltar o protagonismo do MST na retomada das lutas focadas no impulsionamento dos projetos de reforma agrária e de construção de unidade política do campo democrático e popular para o avanço das mobilizações em torno de bandeiras gerais de interesse de classe de trabalhadores e trabalhadoras, entre os quais destaco a campanha O Petróleo tem que Ser Nosso, lutamos para associar petistas de todo o país a este esforço de construção coletiva que projeta uma país mais justo e soberano.”

Renato Simões
Secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Sociais do PT