Sem Terra ocupam Ministério da Fazenda do Paraná

Cerca de 700 trabalhadores do MST, que chegaram hoje (11/08) a Curitiba para participar de mobilização pela Reforma Agrária, permanecem durante todo o dia em frente ao Ministério da Fazenda e a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do estado. Os Sem Terra exigem a recomposição do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário de 2009, cortado em mais de 40%. Para isso, reivindicam o descontingenciamento, por parte do Ministério do

Cerca de 700 trabalhadores do MST, que chegaram hoje (11/08) a Curitiba para participar de mobilização pela Reforma Agrária, permanecem durante todo o dia em frente ao Ministério da Fazenda e a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do estado.

Os Sem Terra exigem a recomposição do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário de 2009, cortado em mais de 40%. Para isso, reivindicam o descontingenciamento, por parte do Ministério do
Planejamento, de R$ 800 milhões do orçamento do Incra para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos. E ampliação dos recursos
destinados à Reforma Agrária.

No Paraná, o MST quer o assentamento das cinco mil famílias acampadas, assistência técnica e infra-estrutura para os assentamentos: como crédito habitação e estradas; um Programa de Agroindústrias para beneficiamento da produção da Reforma Agrária e a destitulação de 56 áreas de assentamentos tituladas no Estado.

Durante o governo FHC (1995-2002) foram emitidos vários títulos de terras para famílias assentadas. Com a emissão destes títulos, os assentamentos não recebem mais recursos de infra-estrutura por parte do governo federal e também perdem o direito à assistência técnica, entre outros recursos destinados à Reforma Agrária. No entanto, estes assentamentos não haviam recebido toda a infra-estrutura de responsabilidade do Incra para seu desenvolvimento, e agora as famílias se encontram abandonadas pelo Estado.

Os trabalhadores chegaram ao Parque Barigui, na capital, por volta das 7h de hoje. Em seguida, saíram em caminhada da Praça 29 de Março até o Incra e o Ministério da Fazenda. Na quarta-feira (12/08) está prevista audiência com o Incra para discussão da pauta de reivindicações, que cobra agilidade no processo de Reforma Agrária no Estado. O término da Mobilização depende do andamento das negociações.