Trabalhadores de Alagoas também se mobilizam na Jornada

O MST está mobilizado em todo o Brasil exigindo do Governo Federal medidas que estruturem a realização da Reforma Agrária, cujo orçamento de execução foi contingenciado em 40%. O MST cobra a restituição dos recursos, o assentamento de 90 mil famílias que estão acampadas em todo o país e a alteração imediata dos índices de produtividade rural, bem como novos mecanismos para facilitar as desapropriações de terras improdutivas.

O MST está mobilizado em todo o Brasil exigindo do Governo Federal medidas que estruturem a realização da Reforma Agrária, cujo orçamento de execução foi contingenciado em 40%. O MST cobra a restituição dos recursos, o assentamento de 90 mil famílias que estão acampadas em todo o país e a alteração imediata dos índices de produtividade rural, bem como novos mecanismos para facilitar as desapropriações de terras improdutivas.

Cerca de 600 agricultores de várias regiões de Alagoas chegam esta manhã à capital Maceió para se somarem às mobilizações que começaram ontem (10/8), com a abertura do Acampamento Nacional do MST em Brasília. No Estado de Alagoas, marcado pela concentração fundiária e pela superexploração da mão-de-obra do campo na monocultura da cana-de-açúcar, são contabilizadas hoje 5.890 famílias acampadas organizadas pelo MST.

Durante toda a semana, são esperadas ações para levar a sociedade a refletir sobre a estrutura de concentração de terras no campo. O movimento exige do Ministério da Agricultura, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra a atualização dos índices de produtividade rural, o que determina se a terra é produtiva ou improdutiva. Embora a lei 8.629 de 1993 obrigue o Estado a revisar os índices a cada cinco anos e o Governo Lula tenha se comprometido a atualizá-los já em 2005 (na ocasião da Marcha do MST à Brasília), os índices de produtividade são os mesmos de quando foram inaugurados em 1975.