Jornada de Lutas tem início em SC com mobilizações na Celesc e no centro de Florianópolis

Movimentos sociais do campo e da cidade, junto com sindicatos, mobilizaram mais de 450 militantes nesta segunda-feira (10/8), em frente à sede da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A atividade deu a largada para a Jornada Nacional Unificada de Lutas em Santa Catarina. A mobilização segue até a sexta-feira, com atos em órgãos públicos e manifestações, que buscam debater com a população a origem da crise econômica atual – ocasionada pela especulação e por um modelo econômico perverso – e suas consequências para os trabalhadores do campo e da cidade.

Movimentos sociais do campo e da cidade, junto com sindicatos, mobilizaram mais de 450 militantes nesta segunda-feira (10/8), em frente à sede da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). A atividade deu a largada para a Jornada Nacional Unificada de Lutas em Santa Catarina. A mobilização segue até a sexta-feira, com atos em órgãos públicos e manifestações, que buscam debater com a população a origem da crise econômica atual – ocasionada pela especulação e por um modelo econômico perverso – e suas consequências para os trabalhadores do campo e da cidade.

Na Celesc, o grupo manifestou apoio à manutenção dcomo uma empresa pública, diante das ameaças de privatização da empresa – parte do capital já está nas mãos da iniciativa privada, contudo, o Governo do Estado continua sendo o acionista majoritário. A contrariedade em relação às privatizações também refere-se às transferências de serviços públicos a organizações sociais (OS), como ocorreu com parte dos serviços do Hemosc e do Cepon. Ambos reduziram o atendimento pelo SUS depois de parte de suas atribuições serem entregues a uma OS.

Na noite de segunda-feira, o grupo participou de um debate na UFSC, sobre a produção de petróleo no Brasil e a necessidade de controle público sobre as reservas, para garantir o interesse da população em relação ao tema.

Na manhã de terça-feira (11/8), o grupo realizou atos em frente à Delegacia do Ministério da Fazenda em Florianópolis, e à tarde, no Incra. A pauta da mobilização é a reforma agrária e o respeito ao meio ambiente. O objetivo foi sensibilizar a população, trabalhadores e trabalhadoras sobre a necessidade de políticas públicas efetivas voltadas aos assentamentos e à agricultura familiar e camponesa. “Nós não podemos continuar reféns de um modelo que não produz alimentos e concentra a terra nas mãos alguns poucos grandes proprietários. E ainda, isso precisa levar em conta a necessidade de um modelo que agrida menos o meio ambiente, e que preserve a terra, não apenas sugando o que ela tem”, disse Vilson Santin, ex-deputado estadual e um dos coordenadores estaduais do MST.

A pauta da Jornada de Lutas em Santa Catarina é centrada em quatro eixos. O primeiro é a a implantação da defensoria pública – SC é o único estado que não possui uma defensoria pública implantada. O serviço é fundamental para garantir acesso à justiça. O segundo eixo é a contrariedade em relação à privatização da Celesc e outras privatizações; o terceiro é reforma agrária e respeito ao meio ambiente; e a garantia de aprovação do piso salarial regional – aprovado nesta terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, mas que tem a dura oposição dos empresários ligados à Federação das Indústrias de SC (FIESC).