Mobilizações dão início à negociação com o governo

Uma comissão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) foi recebida em Brasília, na manhã desta quarta-feira (12/8), por um grupo interministerial formado pelos ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), pelos secretários executivos João Bringel (Ministério do Planejamento), Nelson Machado (Fazenda) e Roberto Kiel (Incra) e pelo secretário nacional de Articulação Social da Presidência da República, Gerso

Uma comissão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) foi recebida em Brasília, na manhã desta quarta-feira (12/8), por um grupo interministerial formado pelos ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), pelos secretários executivos João Bringel (Ministério do Planejamento), Nelson Machado (Fazenda) e Roberto Kiel (Incra) e pelo secretário nacional de Articulação Social da Presidência da República, Gerson Almeida.

Durante a audiência – considerada uma conquista dos trabalhadores rurais que se mobilizaram nesta terça no Ministério da Fazenda em Brasília e em outros 13 estados – os movimentos sociais entregaram a pauta de reivindicações ao governo. Entre os principais pontos apresentados, estavam o descontingenciamento de mais de R$ 700 milhões do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos no passivo dos assentamentos, com a destinação de recursos para habitação, infra-estrutura, produção agrícola e educação.

Após receber a pauta, o grupo governamental afirmou estar empenhado em atender as demandas apresentadas, mas pediu prazo até a semana que vem para estudá-las e construir um calendário de trabalho. Na avaliação de Marina dos Santos, integrante da coordenação nacional do MST, a reunião não avançou concretamente. “Saímos um pouco decepcionados com a audiência. Os pontos de pauta foram assumidos como compromisso pelo governo federal há muito tempo, mas recebidos agora como novos“, afirma.

Até o novo encontro, marcado para a próxima terça-feira (17/8) na capital federal, os camponeses manterão a mobilização em âmbito nacional. “Vamos nos manter mobilizados, em vigília, até terça, e esperamos o governo Lula cumpra finalmente com a promessa que nos fez”, completa Marina.

A Jornada Nacional de Lutas do MST por Reforma Agrária mobilizou 11 estados nesta quarta-feira, com a manutenção da ocupação de superintendências do Incra em sete estados, além de marchas e protestos