MPA garante a construção de mais 500 moradias camponesas no ES
O governo do Espírito Santo assinou, nesta quarta-feira (26/8), um protocolo de intenções junto ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e à Caixa Econômica Federal, que garantirá a construção de 500 moradias camponesas entre 2009 e 2010, no valor de R$ 18 mil a unidade.
O documento foi assinado pelo vice-governador do estado, Ricardo Ferraço, pelo superintendente da Caixa Econômica Federal, Antonio Carlos Ferreira, e por dirigentes do MPA.
O recurso será destinado para o custeio do material de construção da casa, e a mão de obra ficará como contrapartida das famílias que receberão o benefício. Do total de R$ 18 mil por unidade, o governo do estado arcará com o custeio de R$ 8 mil, e o recurso restante será proveniente do governo federal, por meio do Programa Nacional de Habitação Rural.
A assinatura do documento marca mais uma conquista da jornada de lutas do MPA, realizada em maio deste ano. As moradias camponesas são uma importante reivindicação do Movimento, que através do projeto “Viver no campo” vem lutando para garantir condições dignas de moradia e vida de qualidade para os trabalhadores rurais.
As moradias terão cerca de 68 metros quadrados, com 3 quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço fechada. O projeto “Viver no campo” já garantiu a construção de 953 moradias, e a construção de outras 81 já está em andamento, somando 1034 casas camponesas em 5 anos. As 500 casas que serão construídas até o próximo ano atenderão a 30 municípios distribuídos em todo o estado do Espírito Santo.
No evento, o vice-governador se comprometeu diante dos mais de 600 camponeses presentes, e também de prefeitos, deputados estaduais e outras autoridades, a garantir novos investimentos para moradia camponesa assim que for finalizada essa etapa do projeto. A dirigente Nacional do MPA, Rosely de Souza, falou sobre a importância desse projeto e destacou que essa conquista só se concretizou em função da luta do povo organizado. “A nossa proposta é para além dos camponeses, é para toda a sociedade, e sempre que for preciso iremos para a rua lutar por saúde, educação, moradia, produção limpa, recuperação e preservação do meio ambiente, e vida digna para todos”, disse Rose.
