Katia Abreu apóia governo corrupto e repressor de Yeda Crusius

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), manifestou apoio à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), que está pressionada pela ação que corre na Justiça Federal e pelas mudanças que precisou fazer no primeiro escalão do governo gaúcho. Desesperada, a governadora chorou durante uma cerimônia no Parque de Exposições Assis Brasil.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), manifestou apoio à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), que está pressionada pela ação que corre na Justiça Federal e pelas mudanças que precisou fazer no primeiro escalão do governo gaúcho. Desesperada, a governadora chorou durante uma cerimônia no Parque de Exposições Assis Brasil.

Embora o DEM esteja na oposição ao Palácio Piratini, Katia Abreu, que acompanhava o ato, comparou a governadora a “um navio seguro que enfrenta uma grande tempestade e conseguirá chegar a um porto seguro”.

Durante o seu pronunciamento, Yeda afirmou que era um dia de muitas emoções, disse que estava fragilizada e não encerrou sua manifestação. Questionada pela jornalista Ana Amélia Lemos, Yeda disse que agora “estava livre das pressões que sofreu na mudança do seu secretariado”.

Para não esquecer

A governadora Yeda Crusius é uma dentre outras oito pessoas investigadas pela Polícia Federal por desvio de verba pública em benefício próprio. Dentre as acusações feitas à governadora Yeda está a manutenção de um esquema de fraudes no Departamento de Trânsito (Detran) do Estado. O esquema teria desviado R$ 44 milhões dos cofres públicos, entre 2003 e 2007, beneficiando a governadora e mais sete pessoas, incluindo o seu marido, sua assessora e deputados.

A Polícia Federal também investigou o uso de fundações de apoio vinculadas à Universidade de Santa Maria (UFSM) para fraudes e desvios de dinheiro público. Nesta operação, Yeda Crusius é acusada de receber propina de R$ 170 mil mensais de empresas prestadoras de serviços ao governo.

Outras denuncias apontam também que Yeda teria desviado dinheiro da campanha eleitoral de 2006 para a compra de sua mansão, avaliada em R$ 750 mil.

O governo de Yeda também ganhou fama após a adoção da política de repressão a toda e qualquer manifestação social. Relatório anual da Anistia Internacional 2009 (O Estado dos Direitos Humanos no Mundo), publicação que registra a situação dos direitos humanos em 157 países, denunciou o estado do Rio Grande do Sul, seus promotores e policiais militares pela articulação de um dossiê que considera o MST um grupo terrorista. Segundo a publicação, o documento propiciou ações de criminalização do movimento, dando a sustentação a ordens judiciais de despejo com o uso de violência contra os agricultores e suas famílias.

Diga-me com quem andas e…

Não poderia haver ombro melhor que o de Kátia Abreu. A senadora também é acusada de uso indevido do dinheiro público. De acordo com denúncias divulgadas em uma reportagem da revista Veja, publicada em setembro de 2008, a CNA pagou R$ 650 mil à agência Talento, que prestava serviços de publicidade à campanha de Kátia Abreu. Segundo a empresa, a verba foi usada para a campanha de estímulo do voto consciente do produtor rural. No entanto, não há vestígio da campanha.