Trabalhadores são escravizados nas obras da Votorantim

A Votorantim, mais uma vez, mostrou como trata os trabalhadores pobres do Brasil. As empresas donas de hidrelétricas, para obterem altas taxas de lucro, submetem os trabalhadores a uma situação semelhante à de trabalho escravo. O fato ocorrido com os 98 trabalhadores nas obras da Usina Salto do Rio Verdinho, no interior de Goiás não é algo isolado, ao contrário, é uma tendência em todos os empreendimentos. Lembramos abaixo episódios parecidos que aconteceram em março de 2008, também envolvendo a empresa Votorantim:

A Votorantim, mais uma vez, mostrou como trata os trabalhadores pobres do Brasil. As empresas donas de hidrelétricas, para obterem altas taxas de lucro, submetem os trabalhadores a uma situação semelhante à de trabalho escravo. O fato ocorrido com os 98 trabalhadores nas obras da Usina Salto do Rio Verdinho, no interior de Goiás não é algo isolado, ao contrário, é uma tendência em todos os empreendimentos. Lembramos abaixo episódios parecidos que aconteceram em março de 2008, também envolvendo a empresa Votorantim:

Na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, operários que trabalhavam na construção da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó paralisaram as obras. O fato que deu início ao protesto foi o espancamento de um trabalhador pelos seguranças das empresas responsáveis pela obra, que são a Votorantim, Camargo Correa e Bradesco. As queixas foram: baixos salários; “aprisionamento” dos trabalhadores dentro do canteiro de obra; baixa qualidade da alimentação; insegurança – os que são vítimas de acidentes de trabalho não têm recebido tratamento adequado; e repressão interna.

Também em março do ano passado, um grupo de operários que trabalhavam na construção do complexo industrial da Votorantim Celulose e Papel (VCP) e da International Paper, em Três Lagoas (MS), fizeram uma manifestação em um dos pavilhões do alojamento que abriga 1,2 mil funcionários. Segundo relatos divulgados pela imprensa local, ao chegar ao alojamento naquele dia, o grupo foi impedido de comer, pois a empresa não permite refeições fora dos horários estabelecidos. Além disso, os funcionários classificaram a rotina no alojamento como a de uma prisão, já que não têm liberdade de saírem quando querem.

O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) lamenta que obras financiadas pelo BNDES, ou seja, com dinheiro público, como é o caso da Usina Salto do Rio Verdinho, tratem os trabalhadores dessa maneira. O discurso do “desenvolvimento”, sempre dito pelos donos das usinas mais uma vez é questionado: “desenvolvimento para quê e para quem?” Com certeza ele não virá para o povo.

Exigimos a imediata punição dos responsáveis e a devolução do dinheiro do BNDES investido nessa obra. Dinheiro público deve servir para o desenvolvimento do povo e não para o de poucas empresas.

ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS

Coordenação Nacional do MAB