Pistoleiros atacam acampamento no Maranhão

Na tarde do último sábado (26/9), 20 homens armados e encapuzados invadiram uma área onde 20 famílias da comunidade Retiro Velho, município de São Mateus (MA), estavam acampadas. Os pistoleiros chegaram a pé e iniciaram uma série de disparos contra os acampados, ferindo José Antonio Gonçalves Bastos (Caetano), 30 anos, com nove tiros de espingarda e revólver. Os trabalhadores rurais reconheceram o latifundiário Francisco Nobre Macedo e seu filho, Zé Leite, como participantes do ataque. O agricultor atingido passa bem e relatou que o tiroteio se estendeu por dez minutos.

Na tarde do último sábado (26/9), 20 homens armados e encapuzados invadiram uma área onde 20 famílias da comunidade Retiro Velho, município de São Mateus (MA), estavam acampadas. Os pistoleiros chegaram a pé e iniciaram uma série de disparos contra os acampados, ferindo José Antonio Gonçalves Bastos (Caetano), 30 anos, com nove tiros de espingarda e revólver. Os trabalhadores rurais reconheceram o latifundiário Francisco Nobre Macedo e seu filho, Zé Leite, como participantes do ataque. O agricultor atingido passa bem e relatou que o tiroteio se estendeu por dez minutos. Durante o ataque, os trabalhadores recuaram mato à dentro. O clima, no local, é tenso e os trabalhadores estão cercados por pistoleiros.

Histórico

Em outubro de 2002,120 famílias foram despejadas dos povoados Pai Mané e Retiro Velho. Após anos de processo na justiça, em 2008, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Maranhão recebeu a imissão de posse de 900 hectares da fazenda em conflito. Em seguida, iniciou o assentamento de 30 famílias, que foi imediatamente suspenso pela Justiça Federal atendendo a uma petição do latifundiário que alegava produtividade da área.

O Incra recorreu da ação. Em dezembro de 2008, as famílias reocuparam a área e o latifundiário ingressou com pedido de reintegração de posse na Justiça Estadual que, em janeiro de 2009, concedeu a reintegração. Os camponeses recorreram ao Tribunal de Justiça, mas perderam. Em 1º de setembro, deste ano, a liminar foi cumprida sem que os camponeses fossem notificados e sem acompanhamento do Ministério Público. As famílias não puderam retirar seus pertences pessoais, animais, produtos das roças, tampouco fazer a colheita do arroz. No último dia 25/9 as famílias retornaram à área.

Fonte:CPT