Basf é multada por agrotóxico irregular

Nesta terça-feira (6/10), duas filiais da transnacional do agronegócio Basf S.A. foram autuadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por produção e comercialização de agrotóxicos "em desconformidade com a licença obtida". A empresa terá de desembolsar R$ 470 mil em multas aplicadas. Até o momento, a operação apreendeu 99 sacos de 15 kg do agrotóxico Granutox 150 G, armazenados em uma área da companhia em Ibiporã (PR). Amostras do produto foram encaminhadas para análise.

Nesta terça-feira (6/10), duas filiais da transnacional do agronegócio Basf S.A. foram autuadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por produção e comercialização de agrotóxicos “em desconformidade com a licença obtida”. A empresa terá de desembolsar R$ 470 mil em multas aplicadas. Até o momento, a operação apreendeu 99 sacos de 15 kg do agrotóxico Granutox 150 G, armazenados em uma área da companhia em Ibiporã (PR). Amostras do produto foram encaminhadas para análise. A fiscalização continua em outras empresas que trabalham com agrotóxicos nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

“Esta ação inaugura uma nova frente de batalha para a proteção ambiental. O processo de vistorias fiscalizatórias relacionadas a autorizações para produção de agrotóxicos seguirá adiante”, afirmou o diretor substituto de Proteção Ambiental do Ibama, Bruno Barbosa. Participam da operação agentes ambientais federais do Ibama de Uberlândia (MG), Curitiba (PR) e São Paulo (SP), que com a colaboração da Diretoria de Qualidade Ambiental do órgão – Diqua, estão lavrando os autos de infração, termos de apreensão e embargos.

A Diqua está realizando o levantamento de todos os ingredientes ativos registrados no Brasil para a produção de agrotóxicos, para reavaliar daqueles que possuam grandes riscos ambientais.

O ingrediente ativo Forato, utilizado no Granutox 150 G, foi um dos selecionados para ser reavaliado devido a indícios de danos ambientais constatados por meio de restrições de uso, banimentos e cancelamentos em outros países. Uma das reavaliações do ingrediente ativo foi conduzida pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos – EPA. A agência demonstrou preocupação em relação às características ecotoxicológicas deste ingrediente ativo. Os riscos para aves e peixes foram considerados elevados. Além disso, foram reportados nos Estados Unidos alguns casos de mortandade de pássaros relacionados à utilização de Forato.

Em 1996, em Vancouver (Canadá), um estudo demonstrou a mortandade de aves devido ao uso do Forato. Em virtude desse estudo, a empresa AMVAC (que detém o registro do produto) solicitou voluntariamente a retirada do mesmo da região.

O Forato está ainda na lista de ingredientes ativos a serem reavaliados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido a indícios de danos também à saúde humana.

Com informações do Ibama