Estudantes fazem vigília contra Parque Tecnológico no RS

Cerca de 100 estudantes, trabalhadores urbanos e camponeses iniciaram, na noite desta quinta-feira (4/3), uma vigília na reitoria da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Eles passaram a noite no local onde, na manhã desta sexta-feira (5/3), realizam um protesto contra a votação do projeto do Parque Tecnológico.

Cerca de 100 estudantes, trabalhadores urbanos e camponeses iniciaram, na noite desta quinta-feira (4/3), uma vigília na reitoria da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Eles passaram a noite no local onde, na manhã desta sexta-feira (5/3), realizam um protesto contra a votação do projeto do Parque Tecnológico.

Os manifestantes querem que o Consun (Conselho Universitário) não vote o projeto. Eles reclamam que o projeto não foi discutido com os estudantes, sindicatos de professores e de servidores e nem com demais organizações sociais, beneficiando apenas as empresas privadas.

Parte das mulheres da Via Campesina, do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados), da Intersindical e do Levante da Juventude, que desde a última quarta-feira (03) realizam a jornada de luta das mulheres em Porto Alegre (RS) e estavam acampadas no Parque da Harmonia, se somam à
mobilização. As demais mulheres voltam para as suas regiões, encerrando o acampamento na Capital.

O que é o Parque Tecnológico

O projeto consiste na ocupação de um terço da área do Campus do Vale da UFRGS para abrigar empresas incubadas pelas unidades acadêmicas da universidade.

Os estudantes denunciam que o objetivo deste projeto, na prática, é a transferência de conhecimentos públicos, produzidos na universidade, para empresas privadas que, através da livre concorrência, terão sede nesse parque. Além disso, os estudantes servirão de mão-de-obra utilizada a baixo custo para produção de ciência e tecnologia, que serão patenteadas pela iniciativa privada. Entre as empresas a se instalarem no parque, estão as de biotecnologia.