Atingidos por barragens ocupam hidrelétricas na BA e em SC

Cerca de 800 representantes de comunidades atingidas por barragens ocuparam nesta manhã (17/3) o escritório da Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF, em Sobradinho (BA). Eles reivindicaram a paralisação imediata dos projetos de construção das barragens de Riacho Seco e Pedra Branca, que ameaçam cerca de 20 mil pessoas, e a suspensão do projeto de Transposição do Rio São Francisco. Além disso, exigem da CHESF o pagamento das dívidas com os atingidos pelas barragens de Sobradinho e Itaparica, construídas nas décadas de 1970 e 1980.

Cerca de 800 representantes de comunidades atingidas por barragens ocuparam nesta manhã (17/3) o escritório da Companhia Hidroelétrica do São Francisco – CHESF, em Sobradinho (BA). Eles reivindicaram a paralisação imediata dos projetos de construção das barragens de Riacho Seco e Pedra Branca, que ameaçam cerca de 20 mil pessoas, e a suspensão do projeto de Transposição do Rio São Francisco. Além disso, exigem da CHESF o pagamento das dívidas com os atingidos pelas barragens de Sobradinho e Itaparica, construídas nas décadas de 1970 e 1980.

Os manifestantes estão acampados na cidade desde segunda-feira (15/3) e hoje convidaram órgãos de Governo como Chesf, Codevasf e INCRA para debaterem junto às famílias saídas para a melhoria das suas condições de vida. Frente ao não comparecimento do representante da Chesf, que apenas ligou dizendo que não receberia os atingidos, em assembléia, eles decidiram ocupação do escritório.

“Depois de 30 anos, muitas famílias ainda não tiveram os seus direitos garantidos, como água, saúde, infraestrutura de estradas, por isso somos contra mais barragens nesse rio”, afirmou Nívea Diógenes, da Coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB. Os atingidos saíram da manifestação com um indicativo de reunião com a CHESF no dia 24/3, em Recife.

Atingidos por barragens protestam em frente ao canteiro de obras da UHE Foz de Chapecó e trancam BR

Mais de 600 agricultores organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens, no Movimento dos Pequenos Agricultores e no MST, acampados na comunidade do Saltinho, no município de Águas de Chapecó, marcharam em direção ao canteiro de obras da Hidrelétrica de Foz de Chapecó, nesta manhã (17/3).

Eles querem chamar a atenção da sociedade sobre a desestruturação das comunidades em função da barragem e denunciar a violação dos direitos dos atingidos no processo de instalação dessa e de outras obras construídas em toda a região. Estão participando do acampamento os atingidos pelas hidrelétricas de Itá, Machadinho, Monjolinho, Itapiranga e Foz de Chapecó.

Na BR 116, em Capão Alto/SC (próximo ao trevo de Lages), aproximadamente 1500 atingidos estão acampados desde ontem (16). Hoje, ao meio-dia, eles voltaram a trancar a BR, também como forma de chamar a atenção da sociedade para a questão dos direitos dos atingidos. Nesta manhã, foi discutido um plano de recuperação e desenvolvimento das comunidades atingidas. O Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (INCRA) está no acampamento cadastrando todas as famílias que perderam suas terras devido à construção das grandes barragens.

Passa de 2.000 o número de atingidos por barragens acampados na região sul

Ontem, cerca de 800 pessoas foram acampar em Capão Alto. Hoje já passam de 1.500 atingidos mobilizados. Na comunidade do Saltinho, próximo ao canteiro de obras de Foz do Chapecó, permanecem acampados cerca de 600 atingidos.