Depois de acampar em frente ao Incra, Sem Terra do Ceará ocupam avenida em Fortaleza

Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que desde a noite desta segunda-feira (19/4) estão acampados em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) , ocuparam, na manhã desta terça-feira (20/4), a avenida José Bastos, em Fortaleza. A paralisação da avenida visa chamar a atenção da sociedade cearense e pressionar os governos para que sejam atendidas as seguintes reivindicações:

Centenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que desde a noite desta segunda-feira (19/4) estão acampados em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) , ocuparam, na manhã desta terça-feira (20/4), a avenida José Bastos, em Fortaleza. A paralisação da avenida visa chamar a atenção da sociedade cearense e pressionar os governos para que sejam atendidas as seguintes reivindicações:

1 – Assentamento das 90 mil famílias acampadas do MST, priorizando as desapropriações de terras para o assentamento de todas as famílias acampadas do MST, conforme as negociações de agosto, pois o Movimento praticamente não foi contemplado com o assentamento das 8 mil famílias, ocorrido ano passado;

2 – Priorizar o assentamento de novas famílias nas regiões de maiores conflitos e de maior mobilização, onde estão concentrados os acampamentos;

3 – Garantia de recursos para as superintendências nos estados planejarem metas de vistoria e avaliações de imóveis para desapropriações, além de condições para manter as equipes técnicas em campo;

4 – Garantia de recursos para as desapropriações, dos processos já prontos e das áreas para assentar as famílias acampadas;

5 – Atualização dos índices de produtividade;

6 – Investimentos públicos nos assentamentos (crédito para produção, habitação rural, educação

e saúde).

7 – Implementação de crédito emergencial e de projeto de geração de trabalho e renda aos atingidos pelas secas, além de assistência técnica aos assentados e criação de um banco de sementes crioulas.

A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas do movimento que, no Ceará, está sendo marcada por ocupações no Interior e na capital. Dentre as ações, também houve, nesta segunda, uma marcha de 15 quilômetros que culminou com a ocupação da sede do Palácio do Governo do Ceará por mais de 1.400 trabalhadores e trabalhadoras.