Acampados dão aula a universitários de MG

[img_assist|nid=10091|title=|desc=|link=none|align=left|width=640|height=478] . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . Por Francisco José Pereira No Jornal Magazine A visita dos alunos do UNIS-MG aconteceu no dia 29 de maio de 2010 e, além de enriquecer o Projeto Indisciplinar por Curso (PIC) que estão desenvolvendo, o MST foi escolhido dentre a população de barragens, indígena e ribeirinha por sua temática de sustentabilidade e por ser um movimento social forte e organizado.

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Por Francisco José Pereira
No Jornal Magazine

A visita dos alunos do UNIS-MG aconteceu no dia 29 de maio de 2010 e, além de enriquecer o Projeto Indisciplinar por Curso (PIC) que estão desenvolvendo, o MST foi escolhido dentre a população de barragens, indígena e ribeirinha por sua temática de sustentabilidade e por ser um movimento social forte e organizado.

Nas últimas atividades do PIC, os alunos têm a chance de desmitificar o que é veiculado na mídia, que criminaliza o tempo todo esse movimento.

A universitária do sétimo período Elker Regina Mendonça Scalioni visitou o assentamento e afirma que a mídia mostra algo que não existe entre as pessoas desse grupo, como a fama de desordem.

“O movimento é politizado e muito organizado. Há uma hierarquia em prol do trabalho comunitário, além de valorizar a ecologia e a qualidade de vida do grupo”, diz a futura Assistente Social.

Para que os estudantes do Unis-MG pudessem chegar ao assentamento, foi feita uma votação com todos os integrantes do Santo Dias para verificar a possibilidade ou não da visita. Isso demonstra a valorização das 48 famílias que moram no local. Há líderes de grupo, mas as decisões vêm de baixo para cima, da coletividade.

Os integrantes do movimento explicaram aos estudantes que uma ocupação só é feita após uma vistoria que observa a improdutividade da terra. Em Guapé, os trabalhadores constataram que as terras não possuíam um fim social e, por isso, fizeram a ocupação.

Para a professora Namar Oliveira Silva Figueiredo, responsável pelo PIC, a forma de vida dos sem-terra foi o que mais a surpreendeu. “O grupo tem uma ideologia própria que respeita a opinião da maioria em defesa do coletivo, do meio ambiente e da sustentabilidade”, diz a professora que ministra a disciplina Área de Intervenção II.

De acordo com o MST, os objetivos principais são lutar pela terra, pela reforma agrária e por uma sociedade mais justa e fraterna. Ele está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, são cerca de 350 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e da organização dos trabalhadores rurais.

Mesmo depois de assentadas, as famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra é apenas o primeiro passo para a realização da reforma agrária. Os latifúndios desapropriados para assentamentos normalmente possuem poucas benfeitorias e infraestrutura, como saneamento, energia elétrica, acesso à cultura e lazer. Por isso, as famílias assentadas seguem organizadas e realizam novas lutas para conquistarem esses direitos básicos.

As constatações observadas na visita dos universitários do Serviço Social contrastam com algumas visões polêmicas da parte da sociedade que é contra o movimento.

A ação do curso de Serviço Social junto ao MST teve o apoio dos acadêmicos do Grupo Educacional Unis e dos alunos da Educação Infantil do Colégio Pio XII.

A visita foi registrada em foto e vídeo por Débora Cristina Silva Figueiredo, do sétimo período de publicidade, e Priscila Maia Souza, do sétimo período de Jornalismo. O material será usado para a edição de documentário para apresentação dos trabalhos do PIC no dia primeiro de julho.