Polícia Civil faz despejo violento sem mandado no Pará

Para Página do MST A Polícia Civil do Pará, em conjunto com pistoleiros, invadiu o acampamento Quintino Lira, no município de Santa Luzia do Pará, e fizeram um despejo truculento das 200 famílias que ocupavam a fazenda Cambará, dando tiros em direção aos acampados, em torno das 19h de sexta-feira. A polícia não tinha mandado de reintegração de posse autorizado pela Justiça e a ação foi considerada como "arbitrária” pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos.


Para Página do MST

A Polícia Civil do Pará, em conjunto com pistoleiros, invadiu o acampamento Quintino Lira, no município de Santa Luzia do Pará, e fizeram um despejo truculento das 200 famílias que ocupavam a fazenda Cambará, dando tiros em direção aos acampados, em torno das 19h de sexta-feira.

A polícia não tinha mandado de reintegração de posse autorizado pela Justiça e a ação foi considerada como “arbitrária” pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos.

O juiz agrário de Castanhal revogou o pedido de reintegração de posse, porque tinha sido informado pelo Incra de que a área era pública e pertencente ao patrimônio da União. Há dúvidas sobre a autenticidade do título apresentado pelo ex-deputado federal Josué Bengtison (PTB).

O Incra entrou com ação para retomar as terras e pediu a imediata revogação da medida liminar. Atualmente, o processo se encontra desaforado para a Justiça Federal de Castanhal. Até o momento, não há qualquer manifestação sobre a ação do órgão federal.

“Exigimos que o Poder Público se posicione através dos órgãos competentes para realização da Reforma Agrária no Estado Pará. Não daremos nenhum passo atrás para conquista da terra. Estamos acampados em frente a uma terra pública, chamada de fazenda Cambará, abrindo o caminho para negociação da área imediatamente”, afirma o MST do Pará, em nota.