Camponeses fazem caminhada em Maceió por Reforma Agrária

Por Comunicação CPT Alagoas Cerca de 500 trabalhadores rurais oriundos do litoral norte e da zona da mata, que recebem o acompanhamento da Comissão Pastoral da Terra em Alagoas estão desde ontem em Maceió para mostrar à sociedade a insatisfação contra o desempenho do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA-AL). Eles passaram a noite na sede da Eletrobrás-AL e iniciou agora pouco uma grande caminhada do bairro da Gruta que seguirá até a sede do INCRA no Centro da capital alagoana.


Por Comunicação CPT Alagoas

Cerca de 500 trabalhadores rurais oriundos do litoral norte e da zona da mata, que recebem o acompanhamento da Comissão Pastoral da Terra em Alagoas estão desde ontem em Maceió para mostrar à sociedade a insatisfação contra o desempenho do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA-AL). Eles passaram a noite na sede da Eletrobrás-AL e iniciou agora pouco uma grande caminhada do bairro da Gruta que seguirá até a sede do INCRA no Centro da capital alagoana.

No percurso, os camponeses e camponesas exaltarão as bandeiras e ferramentas de trabalho, cantarão as músicas da luta campesina, as faixas mostrarão a indignação contra a morosidade das ações e exigem a exoneração do atual superintendente Estevão Oliveira, que é considerada uma pessoa despreparada para o cargo, e que ainda tem uma postura desequilibrada e anti-ética.

O órgão federal é o responsável em mediar os conflitos agrários, realizar vistorias de terras improdutivas, fiscalizar a produtividade nos lotes, além de garantir efetivamente a reforma agrária e o beneficiamento das famílias camponesas.

Muitos acampamentos, a exemplo de Flor do Bosque II em Messias, têm uma boa produção agrícola, infra-estrutura organizada e energia elétrica, mesmo assim, não são transformados em assentamentos. Além disso, também existem muitos assentados que enfrentam inúmeras dificuldades quanto ao acesso às escolas, saúde de qualidade e no escoamento da produção devido às más condições das estradas.

Outro dado importante que deve ser destacado é que há cerca de dois anos, não é realizada a desapropriação de imóveis rurais no Estado de Alagoas e muitos despejos foram autorizados pela Vara Agrária, inclusive, com a presença de um número ostensivo de militares nas áreas. Em 2010, foram realizadas cinco reintegrações de posse somente em áreas acompanhadas pela CPT que existem há algum tempo.