Avanço de estrangeiros sobre terras é perigo a soberania, avalia Cristovam

Para o senador Cristovam Buarque (PDT–DF), "a gente tem de cuidar da terra da gente, deixar que comprem a nossa terra é um perigo". Ele manifestou apoio à instituição de limites para a compra de terras por pessoas e empresas estrangeiras no Brasil, em aparte ao discurso da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Abaixo, a declaração de Cristovam Buarque. Quero manifestar a minha solidariedade à sua luta pela propriedade da terra em nome de brasileiros. É um abandono da soberania vender terras a estrangeiro.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT–DF), “a gente tem de cuidar da terra da gente, deixar que comprem a nossa terra é um perigo”.

Ele manifestou apoio à instituição de limites para a compra de terras por pessoas e empresas estrangeiras no Brasil, em aparte ao discurso da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

Abaixo, a declaração de Cristovam Buarque.

Quero manifestar a minha solidariedade à sua luta pela propriedade da terra em nome de brasileiros. É um abandono da soberania vender terras a estrangeiro.

Em vender um terreno de uma casa não há problema, mas as grandes propriedades, como a gente tem visto, na fronteira é um perigo. Vendem-se alguns milhares de hectares, e ali vira um país daqui a alguns anos.

É uma ponta de lança de países estrangeiros. Alguns podem comprar terra na fronteira com a Bolívia e amanhã passar isso para o Estado boliviano, que pode dizer: “É propriedade nossa”.

A gente tem de cuidar da terra da gente, deixar que comprem a nossa terra é um perigo. Então, minha solidariedade.

(…)

Muita gente acredita que não existe mais soberania: tanto faz a terra pertencer a um brasileiro ou a um estrangeiro. Como na Copa do Mundo: agora, tanto faz ser nacional ou não ser nacional para jogar na Copa; daqui a pouco, tenho dito, não vai demorar muito, a Copa será por times de patrocinadores e não por camisas de nações.

Há gente que acha isso natural. Confesso que talvez seja antiquado. Eu defendo a soberania, obviamente uma soberania integrada no mundo global – não dá mais para ser uma soberania isolada.