MST ocupa sedes do Incra em Recife e Petrolina

Da Página do MST Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam, na manhã de hoje (26), as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Recife e Petrolina. São cerca de 500 trabalhadores no INCRA de Petrolina e aproximadamente 750 na sede do Recife.

Da Página do MST

Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam, na manhã de hoje (26), as sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Recife e Petrolina. São cerca de 500 trabalhadores no INCRA de Petrolina e aproximadamente 750 na sede do Recife.

Os trabalhadores protestam contra a inoperância do Incra e a não realização da Reforma Agrária no estado. Há três anos não há uma nova desapropriação de terras no estado; os investimentos em infra-estrutura dos assentamentos tem sido pífios; não há assistência técnica para a produção; o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária está parado.

Segundo a própria Superintendência do Incra de Pernambuco, 57% dos latifúndios cadastrados no órgão são improdutivos, o que dá um total de 411.657 ha de terras improdutivas no estado, área suficiente para assentar as 23.000 famílias que vivem hoje acampadas em todo o estado.
Isso sem contar as áreas devedoras da União e que desrespeitam a legislação trabalhista e ambiental, e que são, portanto, passíveis de desapropriação para Reforma Agrária, segundo a Constituição Federal.

Os agricultores exigem o assentamento das 17.000 famílias do MST que vivem em acampamentos, muitas há mais de cinco anos, em situação bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, sofrendo constantemente com a violência do latifúndio e do agronegócio; a garantia de recursos para as desapropriações de terras; e investimentos públicos nos assentamentos (crédito para produção, habitação rural, assistência técnica, educação e saúde).

As ações de hoje lembram o Dia dos Trabalhadores Rurais, comemorado no dia 25 de julho. Mais do que um dia para comemorações, para o MST este é um dia de luta contra a apropriação de terras pelos latifundiários e a exploração dos recursos naturais e dos trabalhadores rurais pelas empresas do agronegócio.