O papel da música, arte e esporte

Do Jornal Sem Terra Especial Juventude As formas de organização de qualquer segmento social devem condizer com seus fins, e são muito mais que só meios. Por exemplo, se quisermos organizar um grupo de teatro no acampamento, ele não servirá só como um meio, um jeito de juntar um grupo de jovens em torno do teatro. Teremos duas coisas importantes pra nossa luta: um grupo de jovens criando um espaço de experiências coletivas através da arte, mas também será mais um grupo de teatro para nosso embate contra o pensamento único e a ideologia dominante capitalista.


Do Jornal Sem Terra Especial Juventude

As formas de organização de qualquer segmento social devem condizer com seus fins, e são muito mais que só meios.

Por exemplo, se quisermos organizar um grupo de teatro no acampamento, ele não servirá só como um meio, um jeito de juntar um grupo de jovens em torno do teatro.

Teremos duas coisas importantes pra nossa luta: um grupo de jovens criando um espaço de experiências coletivas através da arte, mas também será mais um grupo de teatro para nosso embate contra o pensamento único e a ideologia dominante capitalista.

Fazer arte e ser militante. Ser militante e fazer arte.

Outro exemplo de forma de organização possível é um time de futebol no assentamento.

Mas não é só um jeito de estarmos mais juntos. É também. Mais que isso, no futebol (e no esporte em geral) podemos expressar novas formas de sermos humanos ou aceitarmos o jeito de ser que está posto: brigar em campo com nossos companheiros e companheiras, reproduzir a opressão de gênero e por aí vai.

Mas temos a chance de nos organizar dentro do MST para produzir o novo, para sermos jovens do Movimento e criar formas de superar esse sistema de desigualdades nos nossos espaços.

Há tantas outras possibilidades de nos organizarmos como jovens do MST.

Na música, grafite, nas artes todas, no esporte, nas roças coletivas, nas formas de organizar nosso lazer e o trabalho, em grupos de jovens, grupos de estudo, organizações de estudantes em nossas escolas…

Em nosso assentamento, o que podemos organizar? Mas sabemos que isso não basta para mudar a sociedade do jeito que a gente quer.

Temos que fazer as lutas maiores também, para avançar a Reforma Agrária e as demais mudanças de que precisamos.

Por isso, fica claro que nós jovens temos que contribuir e nos organizar em todas as lutas do nosso Movimento.

Assim teremos vida melhor para nós, para todas as famílias do MST e para os demais trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, da América Latina e do mundo.