Demarcação de terras será prioridade das lutas

Da Radioagência NP A sétima edição do Acampamento Terra Livre, principal instância de deliberação do movimento indígena no Brasil, terminou na quinta-feira (19) com um ato público pelas ruas de Campo Grande (MS). A retomada imediata dos processos de demarcação das terras dos povos indígenas marcou o debate das organizações durante os quatro dias do Acampamento. O fórum agregou cerca de 800 indígenas de todas as regiões do país.


Da Radioagência NP

A sétima edição do Acampamento Terra Livre, principal instância de deliberação do movimento indígena no Brasil, terminou na quinta-feira (19) com um ato público pelas ruas de Campo Grande (MS). A retomada imediata dos processos de demarcação das terras dos povos indígenas marcou o debate das organizações durante os quatro dias do Acampamento. O fórum agregou cerca de 800 indígenas de todas as regiões do país.

O secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Cléber Buzatto, participou do Acampamento. Ele chama a atenção para a realização do encontro no estado do Mato Grosso do Sul, onde são constantes as denúncias de violação dos direitos humanos contra os indíos.

“Na nossa avaliação foi altamente positivo a realização do encontro. E a realização naquele local não se deu de modo eventual, [mas] foi uma definição do movimento indígena para chamar a atenção para a realidade vivida pelos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, de modo especial o povo Guarani Kaiowá e o povo Terena para a situação de grande violência pela qual passam esses povos.”

No final do encontro, os participantes aprovaram um documento final abordando a política indigenista no país. No documento os indígenas fizeram considerações sobre uma série de reivindicações do movimento.

“De todos esses temas, a gente pode destacar [uma discussão] que foi a questão prioritária tratada durante todo o evento, que é as demarcações das terras, [que as demarcações] sejam aceleradas em todo país e de modo especial no Mato Grosso do Sul. Mas também tiveram reivindicações na área da Saúde, com a criação da Secretaria Especial de Atendimento Indígena, veiculada ao Ministério da Saúde, porque os povos indígenas querem participar da construção desse processo.”