MST forma primeira turma de Letras no Pará

Por João Márcio Da Página do MST Aproximadamente 30 alunos dos assentamentos e acampamentos do MST no Pará defenderam seus trabalhos de conclusão do curso de Letras, nesta última semana de outubro, na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus I-Marabá. Fomentado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), em parceria com a UFPA e MST, é a primeira turma de Letras formada, que contempla um grupo de educadores (as) do MST no Estado.

Por João Márcio
Da Página do MST

Aproximadamente 30 alunos dos assentamentos e acampamentos do MST no Pará defenderam seus trabalhos de conclusão do curso de Letras, nesta última semana de outubro, na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus I-Marabá.

Fomentado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), em parceria com a UFPA e MST, é a primeira turma de Letras formada, que contempla um grupo de educadores (as) do MST no Estado.

Para a coordenadora do curso, a professora Nilsa Brita Ribeiro, isso propicia novas formas de reflexão para a educação no campo alterando a percepção desses educadores, que já atuavam em seus assentamentos e acampamentos nos espaços de formação.

“A própria temática dos trabalhos finais, todas voltadas para a problemática do campo, evidencia que tipo de formação se pretende. Não é necessário apenas ensinar a ler e escrever, mas tornar o sujeito
crítico tendo uma leitura política do mundo”, ressalta.

Na perspectiva de uma educação emancipadora atrelada à cultura camponesa, Clívia Regina da Silva, estudante recém formada e coordenadora pedagógica de educação infantil da Escola Aprendendo na Prática, do assentamento Palmares, diz que seus horizontes foram expandidos com o curso.

“Tínhamos como proposta de curso manter intervalos entre o tempo comunidade e o tempo universidade, ou seja, íamos para os assentamentos e acampamentos fazer o que chamamos de pesquisa-ação, utilizar o que aprendemos e discutimos no curso e, depois, trazer para a universidade nossas
probabilidades e desafios diante de nossa realidade”.

Gilmar Barros Lima, morador do acampamento Dina Teixeira e professor da Escola Luiz Carlos Prestes, também concluinte, aponta que o curso de Letras realizado no molde dessas parcerias, possibilitou que toda abordagem, desde 2006 no início do curso até seu término, fosse pensada para a realidade da região. “A todo instante nosso aprendizado foi refletindo sobre os acontecimentos de nosso cotidiano, sobretudo, dos assentamentos e acampamentos do MST no Pará”, afirma.