MST participa de encontro sobre educação no meio rural

Por Mayra Lima Da Página do MST Com a nova conjuntura do campo, onde o latifúndio está modernizado e aliado a bancos, empresas transnacionais e os meios de comunicação burgueses, a educação se torna um elemento fundamental para a resistência camponesa e a luta por uma Reforma Agrária Popular.


Por Mayra Lima
Da Página do MST

Com a nova conjuntura do campo, onde o latifúndio está modernizado e aliado a bancos, empresas transnacionais e os meios de comunicação burgueses, a educação se torna um elemento fundamental para a resistência camponesa e a luta por uma Reforma Agrária Popular.

A conclusão foi obtida durante o primeiro debate no 4º Seminário do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), com a participação de João Pedro Stedile, integrante da coordenação nacional do MST, nesta quarta-feira (3/11), no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Para Stedile, a educação dos camponeses vai garantir sua independência da mídia e de outros aparatos ideológicos para a sua formação política e, até mesmo, a formação de identidade. “Nós incorporamos a educação para livrar o trabalhador da ignorância”, disse.

Além disso, segundo Stedile, a Reforma Agraria continua na ordem do dia. “A distribuição de terras continua sendo necessária. Somado a isso, é preciso mudar o modelo de produção agrícola, baseada na produção de alimentos de forma agroecológica”, completou.

O debate também contou com a participação do secretário de Política Agrária da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Willian Matias e do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart.

Ele abordaram a Reforma Agrária como política pública a ser consolidada no próximo período, incluindo na pauta questões relacionadas ao empoderamento das mulheres camponesas e regulação das normas de compras de terras por estrangeiros no Brasil.

Encontro

As partes envolvidas no Pronera realizam seu encontro nacional, entre 3 e 5 de novembro, para fazer um balanço do programa, promover seu aperfeiçoamento como política pública e debater subsídios para a institucionalização e ampliação dos cursos oferecidos nas universidades e institutos federais.

Graças à dinâmica participativa e mobilizadora do Pronera, mais de 400 mil pessoas jovens e adultos assentados já foram alfabetizados ou se formaram em cursos de graduação e pós-graduação.