Mudança social só com trabalho, luta e estudo, diz Anita


Do Blog Brasil Educom

A historiadora e professora universitária Anita Prestes participou na última quinta do debate "A Experiência de Formação da Escola Nacional Florestan Fernandes", no campus da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

O evento foi uma oportunidade para divulgar o projeto da escola localizada em Guararema (SP), uma conquista dos movimentos sociais, em especial o MST, que já se
aproxima do 6º aniversário e refletir sobre a importância de formar quadros para promover a mudança do atual modelo político-econômico.

Do Blog Brasil Educom

A historiadora e professora universitária Anita Prestes participou na última quinta do debate “A Experiência de Formação da Escola Nacional Florestan Fernandes”, no campus da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

O evento foi uma oportunidade para divulgar o projeto da escola localizada em Guararema (SP), uma conquista dos movimentos sociais, em especial o MST, que já se
aproxima do 6º aniversário e refletir sobre a importância de formar quadros para promover a mudança do atual modelo político-econômico.

“Para uma mudança profunda na sociedade é preciso um projeto revolucionário composto desta tríade: trabalho, luta e estudo.”

Antes do debate, foi exibido o DVD “A Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF, uma escola em construção”.

 

Em seguida, a professora começou sua explanação comentando que sem uma mudança profunda na sociedade brasileira não será possível promover saúde pública e escola de qualidade.

“As desigualdades sociais não serão resolvidas no modelo capitalista vigente. Podem dar uma melhorada, mas mudar só com o comunismo”, afirmou Anita, enfatizando as ideias de Marx.

A mesa do debate teve, além de Prestes, o engenheiro Victor Ferreira, da Associação dos Amigos da ENFF e Anita Handfas, professora da Faculdade de Educação da UFRJ, esta última como mediadora.

Para a historiadora, esse processo exige disciplina e formação de quadros. “E é justamente o que a Escola Florestan Fernandes já está oferecendo”.

A filha de Luís Carlos Prestes e Olga Benário explicou como o capitalismo usa a mídia para manter o modelo, primando pela combinação de violência, convencimento e aceitação dos valores das classes dominantes. E completou dizendo que a escola, de modo geral, tem reforçado esse modelo.

“A importância da Escola Florestan Fernandes é desconstruir esse modelo, além de formar quadros bem preparados para atender as camadas da população que não tem acesso a educacão de qualidade, principalmente no campo”, reforçou Anita – a ENFF recebe todos os anos estudantes do campo e da cidade, principalmente latino-americanos e africanos.

“Conheço bem as experiências de formação do MST. Tive a satisfação de conhecer em
agosto o Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário (na zona rural de Várzea Grande, Mato Grosso)”, convidada para o ato político do 15º aniversário do MST naquele estado”.

Após a explanação, foi aberto o microfone à participação do auditório. Fizeram comentários e perguntas ativistas e intelectuais. Dentre os que pudemos registrar, estão Ademílson “Cigano”, aluno da ENFF e o professor de matemática da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Márcio Rolo.