Via Campesina: FSM é importante espaço de luta

 Da Página da Via Campesina Internacional

 
 A edição 2011 do Fórum Social Mundial (FSM) teve início neste domingo (06/02), com uma mobilização pelas ruas de Dakar, no Senegal, onde os ecos das mobilizações em países africanos como Tunísia e Egito puderam ser ouvidos. 
 
O presidente boliviano Evo Morales foi um dos oradores no ato de abertura e analisou esses levantamentos como “uma rebelião contra o imperialismo norte-americano”, ao mesmo tempo em que se declarou “aluno” deste tipo de encontro, iniciado uma década atrás em Porto Alegre (Brasil). 
 
Para a Via Campesina, o FSM trata-se de um espaço fértil para o impulso de sua campanha contra a concentração de terras e conclamando uma Reforma Agrária integral, bem como o reconhecimento de uma Declaração de Direitos Campesinos por parte da Organização das Nações Unidas (ONU).
 
Assim explicou, desde Senegal, a guatemalteca Dolores Sales, integrante da Coordenação Nacional Indígena e Camponesa, parte da Coordenação Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC), atendendo o pedido de Rádio Mundo Real.
 
Dolores assinalou que a temática da terra “diz respeito a toda a humanidade porque está relacionada com o direito à alimentação”, e porque é crescente o interesse de outros setores sobre as propostas da Via Campesina.
 
Entre as propostas se encontra a Consulta Mundial sobre a Crise Climática e os Direitos Planetários da Mãe Terra, a se realizar no próximo ano.