Sem Terra aguardam reunião com governador de Alagoas











 

 

 

 





Por Rafael Soriano

Da Página do MST

 

 

 

 

Por Rafael Soriano
Da Página do MST

Os quatro movimentos de trabalhadores do campo que se encontram desde quarta-feira (9/2) mobilizados contra a onda de repressão e violência a acampamentos de Alagoas esperam ser recebidos hoje (11/2) pelo Governador Teotonio Vilella e pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ-AL), desembargador Sebastião Costa Filho.

Cerca de 2000 agricultores ligados à Comissão Pastoral da Terra (CPT), ao Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ao Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) ocuparam nesta manhã a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no edifício Walmap (rua do Livramento, Centro de Maceió) e a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (Seagri).

Os movimentos trazem uma resposta às reintegrações de posse que se iniciaram desde o fim do ano passado e já atingem mais de 1200 famílias. No total, foram 26 áreas despejadas à força pela Polícia Militar, a mando da Vara Agrária, muitas delas com truculência: agressões, violações de direitos humanos, destruição de alimentos nas roças e queima de barracas. As reintegrações de posse ocorreram nos municípios de Messias, Murici, Matriz do Camaragibe, Paripueira, Maragogi, Branquinha, Jacuípe e Rio Largo, mesmo aquelas cujo requerente não tenha apresentado qualquer tipo de documentação de posse.

“Criminalizar os movimentos que lutam pela terra é não enxergar a Reforma Agrária como impulsionadora de mercados e de uma produção diversificada, particularmente em Alagoas, onde temos um déficit de alternativas na economia”, analisa Débora Nunes, da Direção do MST.