Cientistas criticam novo Código Florestal

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), as mais abrangentes e representativas associações da comunidade científica, manifestam preocupação com mudanças propostas ao Código Florestal.
As entidades divulgarão nos próximos dias um aguardado relatório sobre a nova versão do Código Florestal Brasileiro.

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), as mais abrangentes e representativas associações da comunidade científica, manifestam preocupação com mudanças propostas ao Código Florestal.
As entidades divulgarão nos próximos dias um aguardado relatório sobre a nova versão do Código Florestal Brasileiro.

No documento, as entidades colocam que as áreas de preservação permanente, como matas em margens de rio, não podem ser alteradas. De acordo com os cientistas, tanto essas áreas quanto as reservas legais precisariam ser mantidas e recompostas para o bem da própria atividade agrícola.

Confira o Resumo Executivo do Estudo sobre o Código Florestal

As duas entidades já haviam demonstrado preocupação com o projeto apresentado pelo deputado Aldo Rebelo. Em carta endereçada ao deputado relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro, os presidentes da SBPC, Marco Antonio Raupp, e da ABC, Jacob Palis, manifestaram preocupação, em nome da comunidade científica do país, quanto às mudanças propostas ao Código Florestal.

Leia aqui a carta entregue ao deputado e à comissão, em julho.

Em outubro, as entidades se manifestaram novamente sobre o tema, entregando a deputados federais, senadores e aos dois então candidatos à Presidência da República, Dilma Roussef e José Serra, uma carta em que enfatizam que o Novo Código demanda “uma profunda revisão conceitual que leve em conta a grande diversidade de paisagens, ecossistemas, usos da terra e realidades socioeconômicas existentes no País, incluindo a ocupação dos espaços urbanos”.

Leia aqui a carta enviada pelas entidades em outubro.

No texto, as entidades defendem a recuperação de terras degradadas para a produção de alimentos, a manutentção das áreas de proteção, como as APPs e a RLs, a biodiversidade e o aperfeiçoamento do Código, desde que “à  luz da ciência, com a definição de parâmetros que atendam a multifuncionalidade das paisagens brasileiras, compatibilizando produção e conservação como sustentáculos de um novo modelo econômico que priorize a sustentabilidade”.

(Com informações da Folha de S. Paulo, da SBPC e da ABC)