Polícia invade acampamento do MST sem mandado no MS

 

Da Página do MST


Na madrugada desta quarta-feira, cerca de 200 policiais militares fizeram uma ação violenta e invadiram o acampamento Antônio Irmão, em Itaquiraí, no Mato Grosso do Sul.

Os policiais não tinham mandado judicial, mas invadiram o acampamento, entraram nos barracos de forma, revistaram as famílias e apreenderam material de trabalho no campo.

O acampamento tem 670 famílias, inclusive 'brasiguaios' que foram expulsos de suas terras no Paraguai por latifundiários brasileiros e vivem na fronteira dos dois países.

 

Da Página do MST

Na madrugada desta quarta-feira, cerca de 200 policiais militares fizeram uma ação violenta e invadiram o acampamento Antônio Irmão, em Itaquiraí, no Mato Grosso do Sul.

Os policiais não tinham mandado judicial, mas invadiram o acampamento, entraram nos barracos de forma, revistaram as famílias e apreenderam material de trabalho no campo.

O acampamento tem 670 famílias, inclusive ‘brasiguaios’ que foram expulsos de suas terras no Paraguai por latifundiários brasileiros e vivem na fronteira dos dois países.

Desde o ano passado, por causa da presença dos brasiguaios, há uma investida da Polícia Federal e da Abin sobre o acampamento. As famílias foram cadastradas e, os dirigentes, fichados.

Como o acampamento estava à beira da rodovia, houve uma liminar de despejo pedida pelo DNIT.

Depois de negociação envolvendo a Abin, o Incra, a Ouvidoria Agrária, as famílias saíram da rodovia e foram para outro lugar em Itaquaraí.

Ficou acertado o envio de cestas básicas para as famílias, que até agora não foi cumprido.

No entanto, em janeiro deste ano, um juiz do Ministério Público de Naviraí entrou com liminar suspendendo o processo de desapropriação de terras na região e de fornecimento de cestas básicas.

No dia 10 de fevereiro, houve uma audiência pública com o Ministério Público, o MDS, o MDA,a ouvidoria agrária, a Comissão de Justiça e Paz no Campo, os movimentos sociais e o MP.

Desta audiência, o Incra se comprometeu em agilizar o cadastramento das famílias e com a distribuição das cestas básicas. Até agora, nada foi resolvido.

A direção do MST do Mato Grosso do Sul está preocupada com a abertura de um processo de  perseguição das famílias Sem Terra, uma vez que a Polícia Federal e a Abin têm os nomes de todos os acampados.