Governo do RS promete criar assentamento com urgência

 

Da Página do MST

 

As famílias do MST aceitaram, na manhã de desta sexta-feira, a proposta do governo do Rio Grande do Sul em relação ao impasse na desapropriação da Fazenda Palermo, em São Borja.

Uma comissão se reuniu com as famílias no local e relatou que o governo entrou na Justiça com pedido de mais agilidade na decisão sobre o valor da área.

 

Da Página do MST

 

As famílias do MST aceitaram, na manhã de desta sexta-feira, a proposta do governo do Rio Grande do Sul em relação ao impasse na desapropriação da Fazenda Palermo, em São Borja.

Uma comissão se reuniu com as famílias no local e relatou que o governo entrou na Justiça com pedido de mais agilidade na decisão sobre o valor da área.

O governo se comprometeu que, assim que sair a determinação judicial, vai depositar imediatamente o restante do dinheiro ao proprietário, destinando efetivamente a Fazenda Palermo para a Reforma Agrária.

Sobre a reivindicação do assentamento das demais 1.000 famílias acampadas no estado, deve ocorrer uma reunião no início da próxima semana entre os governos estadual e federal e o MST para tratar do tema.

A comissão que foi até São Borja afirmou que o governo se reuniu com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nesta semana e se comprometeu a fazer uma parceria a fim de assentar todas as famílias gaúchas acampadas.

As famílias sem terra consideram o acordo proposto pelo governo um avanço, mas continuarão mobilizadas para garantir que a reunião do início da próxima semana realmente seja realizada.

Os Sem Terra deixarão a cidade de São Borja e ficarão em um ginásio na cidade de Palmeira das Missões, Norte gaúcho, onde irão aguardar a reunião.

Histórico

Cerca de 400 famílias sem terra ocuparam a Fazenda Palermo, em São Borja (RS), nesta segunda-feira, exigindo que o governo estadual encerrasse o impasse em relação à desapropriação da área, onde podem ser assentadas 54 famílias.

Os Sem Terra também cobram que o governo federal cumpra o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em 2008 e assente todas as famílias acampadas no estado.

Desde a desapropriação de parte da Fazenda Southall, em São Gabriel (Fronteira Oeste), em 2008, nenhuma família sem terra é assentada no RS. Muitas vivem há nove anos em barracos de lona, reivindicando a Reforma Agrária.