Assentados de nove estados cursam medicina veterinária na UFPel

 

Por Bianca Costa
Da Página do MST

 

 

Os estudantes Sem Terra da 1ª turma de Medicina Veterinária para trabalhadores do campo fizeram compromisso com a Reforma Agrária, na última quarta-feira (14), na aula inaugural na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

A turma é composta por trabalhadores de nove estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo e Maranhão, sendo 17 mulheres e 43 homens.

 

Por Bianca Costa
Da Página do MST

 

 

Os estudantes Sem Terra da 1ª turma de Medicina Veterinária para trabalhadores do campo fizeram compromisso com a Reforma Agrária, na última quarta-feira (14), na aula inaugural na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

A turma é composta por trabalhadores de nove estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Espírito Santo e Maranhão, sendo 17 mulheres e 43 homens.

O curso só foi possível depois de muita luta e significa uma vitória da classe trabalhadora e da Reforma Agrária.

Na carta lida durante a cerimônia de aula inaugural, que contou com a palestra do professor Dr. Humberto Tommasino, pró-reitor de Extensão da Universidad de la República Uruguay (UdelaR), os estudantes avaliaram que é um marco para a classe trabalhadora ver seus filhos terem acesso ao conhecimento científico nessa área para o desenvolvimento do meio rural.

Para a estudante Cristina Fraga, assentada com os pais na cidade de Pontão (RS), estudar medicina veterinária é mais do que uma realização pessoal, é uma oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos na academia para o aprimoramento e melhoramento do assentamento onde vive com a família.

“Fui indicada por um coletivo para estudar e depois, no regime de alternância, no tempo comunidade, poder aplicar os conhecimentos que adquiri durante os estudos na Universidade”, relata.

Cristina acredita que poderá realizar uma espécie de intercâmbio entre os estudos acadêmicos e o saber popular dos camponeses. “Como filha da classe trabalhadora, tenho o compromisso de me qualificar cientificamente e socializar meus conhecimentos respeitando os saberes populares do camponês”.

Na carta apresentada ao MST, os estudantes reafirmam seu compromisso com a luta da classe trabalhadora. “Queremos dizer que antes de ser a turma especial de Medicina Veterinária, somos assentados, filhos e filhas da Reforma Agrária, da terra e da luta. Viemos aqui reafirmar o compromisso defendendo os princípios da organização: da direção coletiva, do trabalho, do planejamento, da disciplina, da dedicação ao estudo, da divisão de tarefas, da critica e autocrítica.”