MST ocupa sede do Incra em MG por Reforma Agrária

 

Por Geanini Hackbardt
Da Página do MST

 

Os 700 Sem Terra acampados na praça da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, saíram organizados em duas colunas e marcharam em direção ao Tribunal de Justiça, na manhã de quarta-feira, para denunciar os massacres que continuam impunes e a perseguição que os movimentos sociais sofrem no Estado

 

Por Geanini Hackbardt
Da Página do MST

 

Os 700 Sem Terra acampados na praça da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, saíram organizados em duas colunas e marcharam em direção ao Tribunal de Justiça, na manhã de quarta-feira, para denunciar os massacres que continuam impunes e a perseguição que os movimentos sociais sofrem no Estado

Após a manifestação no tribunal, os Sem Terra seguiram em direção ao Incra, onde realizaram uma ocupação. Houve uma assembléia com o movimento, em que os assentados e acampados puderam expor todas as necessidades das áreas e deficiências nas ações da instituição.

Após a exposição, foi marcada uma reunião com o Incra nacional e a superintendência no estado. No começo da noite, o Movimento deixou o prédio. De acordo com Marili, “a ocupação do Incra denunciou a estagnação da Reforma Agrária no estado. Há mais de três anos não se realiza um assentamento, não há assistência técnica e por isso os créditos para desenvolvimento das áreas estão bloqueados”.

Há assentamentos com mais de cinco anos que não tiveram acesso ao crédito para habitação e, por isso, as famílias ainda moram em barracos.

“O movimento está disposto a permanecer na capital e pressionar o poder público até que estes problemas, que se arrastam e se repetem há anos sejam resolvidos”, diz Marili.

Audiência

O MST participa de uma reunião com representantes da superintendência nacional do Incra, com a superintendência estadual e com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB).

O MST apresenta mais de 80 itens da pauta de reivindicação do Movimento.

O objetivo é viabilizar o avanço da Reforma Agrária, em todas as instâncias do poder público.

Em 2010, foram realizados 17 despejos. Neste ano, a Polícia Militar já realizou seis despejos. A Vara Agrária de Minas Gerais decretou 14 reintegrações de posse.

“Essas decisões fazem parte de um processo sistemático de criminalização dos movimentos sociais e demonstram a parcialidade da vara, que desconhece a situação dos acampamentos e julga os processos sem considerar os direitos dos trabalhadores rurais Sem Terra”, afirma a dirigente do MST Marili Zacarias.