MST realiza protestos por políticas para pequena agricultura no interior do RS


Da Página do MST



O MST realiza uma série de ações no interior do Estado do Rio Grande do Sul (RS), nesta terça-feira (23/8).

Em Santana do Livramento, 250 trabalhadores e trabalhadoras interditam o trevo na entrada da cidade. Em Bagé, São Luiz Gonzaga, Júlio de Castilhos e Piratini, os pequenos agricultores ocupam o Banco do Brasil.

Da Página do MST

O MST realiza uma série de ações no interior do Estado do Rio Grande do Sul (RS), nesta terça-feira (23/8).

Em Santana do Livramento, 250 trabalhadores e trabalhadoras interditam o trevo na entrada da cidade. Em Bagé, São Luiz Gonzaga, Júlio de Castilhos e Piratini, os pequenos agricultores ocupam o Banco do Brasil.

Em Tupã, os camponeses realizam panfletagem em três pontos da cidade. Em Manoel Viana, mais de 300 trabalhadores e trabalhadores também realizam interdição de rodovia.

As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas que ocorre paralelamente ao Acampamento Nacional, em Brasília, montado na segunda-feira (22/8).

Os movimentos que integram a Via Campesina estão acampados em Brasília com 4 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais de 23 estados e do Distrito Federal, em um grande Acampamento por Reforma Agrária nos arredores do Ginásio Nilson Nelson. Na manhã desta terça-feira, os camponeses ocuparam o Ministério da Fazenda.

As principais pautas trabalhadas pelo Movimento referem-se à questão das dívidas dos pequenos agricultores, cujo valor chega a R$ 30 bilhões, de acordo com o Ministério da Fazenda, e o contingenciamento do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em que os R$ 530 milhões destinados para promover desapropriações de terras para este ano já foram totalmente executados.

O cenário para 2012 é ainda pior: está previsto um corte de R$ 65 milhões, segundo dados do próprio Incra, com o orçamento despencando para R$ 465 milhões.

No Rio Grande do Sul, as famílias assentadas da Reforma Agrária reivindicam a renegociação das dívidas da agricultura familiar. Os pequenos agricultores estão mobilizados desde abril deste ano para pressionar o governo federal para que atenda a pauta da agricultura familiar.

As exigências:

a) Consolidação do conjunto das dívidas vencidas e vincendas da Agricultura familiar em contrato único;

b) Rebate de R$ 12.000,00 por família, incluindo o crédito emergencial;

c) Repactuação do saldo devedor e alongamento do prazo em até 15 anos para a quitação destas dívidas, com carência de 2 anos;

d) Bônus de adimplência de 30% em todas as parcelas repactuadas;

e) Juro zero;

f) Individualização das dívidas contraídas em grupo ou com aval solidário; e

g) Acesso a novos financiamentos.