Protestos do MST no Paraná exigem a desapropriação de latifúndios

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cerca 300 Sem Terra ocuparam uma agência do Banco do Brasil em Londrina nesta terça-feira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cerca 300 Sem Terra ocuparam uma agência do Banco do Brasil em Londrina nesta terça-feira

 

Por Riquieli Capitani
Da Página do MST

 

O MST do Paraná realiza mobilizações em todas as regiões do estado para pressionar o governo frente à paralisia no atendimento da pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais.

Até esta quarta-feira, serão realizados atos políticos e audiências públicas em prefeituras, agências do Banco do Brasil, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e em secretarias.

As atividades, que têm caráter de negociação, devem acontecer em Curitiba, Londrina, Maringá, Laranjeiras do Sul, e Francisco Beltrão.

Na pauta de reivindicações, estão temas centrais relacionados com a implementação da Reforma Agrária.

Por exemplo, o assentamento das 6.000 famílias acampadas no Paraná, sendo que algumas por mais de 10 anos.

Para isso, é necessário que o Incra do estado encaminhe para Brasília os decretos das 72 áreas ocupadas, somando assim 80 mil hectares. No país, mais de 60 mil famílias do MST estão acampadas.

A jornada também exige que o orçamento destinado à obtenção de terras seja recomposto. Os R$ 530 milhões destinados para o Incra promover a desapropriação de terras já foram totalmente executados. Para 2012, o cenário é de redução: estão previstos apenas R$ 465 milhões, um corte de R$ 65 milhões, segundo dados do Incra.

A renegociação das dívidas dos pequenos agricultores também é pauta de reivindicação. Em todo o Brasil, o valor em dívidas vencidas chega a R$ 30 bilhões, de acordo com o Ministério da Fazenda.

A situação é preocupante, pois a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos da mesa do brasileiro.

 

Foto: Jornal de Londrina