Camponeses liberam vicinal após cúpula da Vale assumir compromissos em Açailândia


Por Márcio Zonta
Especial para a Pàgina do MST



Os manifestantes das comunidades rurais de Açailândia (MA) liberaram a via de acesso ao canteiro de obras de duplicação da Estrada de Ferro de Carajás, no fim da tarde de sexta-feira (19/1).

Mais de 2.000 moradores dos assentamentos e acampamento ocuparam na de quinta-feira a estrada para denunciar pelo não cumprimento pela mineradora das contrapartidas que foram acordadas há dois meses junto à Prefeitura Municipal de Açailândia.


Por Márcio Zonta
Especial para a Pàgina do MST

Os manifestantes das comunidades rurais de Açailândia (MA) liberaram a via de acesso ao canteiro de obras de duplicação da Estrada de Ferro de Carajás, no fim da tarde de sexta-feira (19/1).

Mais de 2.000 moradores dos assentamentos e acampamento ocuparam na de quinta-feira a estrada para denunciar pelo não cumprimento pela mineradora das contrapartidas que foram acordadas há dois meses junto à Prefeitura Municipal de Açailândia.

Com o protesto, a mineradora Vale fez o compromisso de custear 500 horas de trator para fazer os campos agrícolas e abrir as vicinais que dão acesso aos lotes e suas plantações.

A empresa fez a proposta depois de uma reunião entre membros das comunidades de Novo Oriente, Francisco Romão, Planalto I e II e acampamento João do Vale e uma cúpula de 21 funcionários da Vale, parte vindos de São Luis.

“As comunidades estão articuladas e a Vale não vai impor seus planos da maneira que bem entende. A reivindicação concreta e emergencial foi atendida, mas a manifestação vai além disso”, avalia Divina Lopes, da Direção Nacional do MST no Maranhão.

As comunidades cobram também uma série de projetos de educação, saúde e segurança para a população à margem da via férrea.

Um documento com propostas para projetos nas comunidades será preparado e entregue à mineradora e à Prefeitura Municipal de Açailândia, solicitando posto de saúde, melhoria na escola, além de passarelas, viadutos e alambrados evitando atropelamento de pessoas e animais, entre outras medidas.

Os manifestantes prometem novos protestos caso a Vale não dialogue com as comunidades sobre seus projetos. Os membros da cúpula da Vale que estiveram no local não deram entrevistas à imprensa.