Camponesas entregam documento contra privatização ao presidente da Embrapa

 


Do site do SINPAF

As 500 trabalhadoras rurais da Via Campesina continuam acampadas na Embrapa Arroz e Feijão, no município de Santo Antônio de Goiás, em Goiás, para pressionar o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, a receber as lideranças do movimento.

A pauta das mulheres será entregue às 16h desta terça-feira (6/3), em Brasília, ao presidente da Embrapa, Pedro Arraes, que receberá uma comissão formada por integrantes dos movimentos sociais.

 


Do site do SINPAF

As 500 trabalhadoras rurais da Via Campesina continuam acampadas na Embrapa Arroz e Feijão, no município de Santo Antônio de Goiás, em Goiás, para pressionar o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, a receber as lideranças do movimento.

A pauta das mulheres será entregue às 16h desta terça-feira (6/3), em Brasília, ao presidente da Embrapa, Pedro Arraes, que receberá uma comissão formada por integrantes dos movimentos sociais.

As trabalhadoras exigem a manutenção da Embrapa 100% pública e a retirada do Projeto de Lei 222/08 (Embrapa S/A), que propõe transformar a Embrapa em empresa de economia mista com ações negociadas na bolsa

O autor da proposta é o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Atualmente, a matéria tramita no Senado sob a relatoria de Gim Argello (PTB-DF), que apresentou parecer favorável à proposta no dia 1º de fevereiro.

O protesto cobra também audiência com o ministro da agricultura; participação no Conselho de Administração (Consad) da empresa e um programa de pesquisas para a agricultura familiar camponesa agroecológica, com contratação de novos pesquisadores e pessoal de apoio à pesquisa.

Rosana Fernandes, da coordenação da Via Campesina, explica que a escolha da Embrapa como alvo da mobilização das camponesas nesta semana do Dia Internacional da Mulher é emblemática porque a pesquisa agropecuária pública tem sido sistematicamente apropriada e influenciada por interesses de grupos privados.

“A Embrapa é essencial para a segurança alimentar dos brasileiros e para o fortalecimento da agricultura familiar agroecológica. Portanto, queremos que ela continue pública e passe a dar mais atenção aos pequenos produtores”, afirmou.

A diretora de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (SINPAF), Mirane Costa, permanece no local desde ontem. “Estamos aguardando a chegada da Polícia Federal a qualquer momento. Infelizmente, a presidência da Embrapa continua adotando a postura equivocada de não dialogar com os movimentos sociais”.

A ocupação é parte da Jornada de Lutas das Mulheres Camponesas 2012, organizada pela Via Campesina, composta pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) entre outros.

Apoio

Assim que souberam da ocupação, diretores nacionais do SINPAF foram para o local prestar solidariedade ao movimento e intermediar um diálogo com a chefia da unidade. Pedro Machado, chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, recebeu os sindicalistas e afirmou que estaria aberto ao diálogo para evitar uma atuação violenta da Polícia Federal em caso de reintegração de posse.

Durante a reunião com os representantes do SINPAF, Pedro Machado reconheceu que a pauta do movimento é legítima e que as reivindicações são justas. Ele afirmou que havia encaminhado a pauta da Via Campesina para o presidente da empresa, Pedro Arraes.