Mulheres fazem ato público em Marabá por Reforma Agrária




Da Página do MST



As 700 mulheres camponesas que ocupam o Incra em Marabá (PA) realizaram pela manhã desta quinta-feira (8) um Café da Manhã da Reforma Agrária, com produtos vindos de assentamentos e acampamentos da região.

Com frutas, bolos de macaxeira e milho, diversos doces e tapioquinha, as mulheres socializam o fruto de seu trabalho no campo, reafirmando seu compromisso de continuar plantando alimentos saudáveis para o povo da região, do estado e do Brasil.

Da Página do MST

As 700 mulheres camponesas que ocupam o Incra em Marabá (PA) realizaram pela manhã desta quinta-feira (8) um Café da Manhã da Reforma Agrária, com produtos vindos de assentamentos e acampamentos da região.

Com frutas, bolos de macaxeira e milho, diversos doces e tapioquinha, as mulheres socializam o fruto de seu trabalho no campo, reafirmando seu compromisso de continuar plantando alimentos saudáveis para o povo da região, do estado e do Brasil.

Depois do Café da Manhã, seguiram junto às mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) para se unirem aos movimentos da cidade e fazerem um Ato Público em Marabá. Como pauta principal, estão as reivindicações por políticas públicas, as denúncias contra a violência no campo e na cidade e principalmente contras todas as formas de violência contra as mulheres.

As mulheres celebram o dia 8 de Março manifestando sua indignação e seu compromisso de continuar lutando por uma sociedade mais justa, por soberania alimentar.

Trancamento da BR 115

Na quarta-feira (7), 700 mulheres camponesas ocuparam a BR 155, na altura da entrada do Distrito Industrial de Marabá. Na operação realizada pelo Ibama em 2011 (Operação Saldo Negro), quase 80 % do carvão vegetal utilizado nas siderúrgicas é ilegal. As siderúrgicas têm relação direta com as carvoarias, que além de usarem madeira ilegal, ainda se utilizam de trabalho escravo.

As mulheres camponesas também exigem que a Presidenta Dilma VETE toda e qualquer anistia e fragilização das áreas de preservação permanente (APPs) e da reserva legal (RL) que estão na proposta do novo Código.

Esta mobilização faz parte da Jornada Nacional das Mulheres Camponesas: contra o agronegócio, por soberania alimentar e ambiental. Seguimos até dia 9 nas atividades na região, com oficinas, debates e mobilizações na cidade.

Histórico

No dia 24 de janeiro de 2012, o Ministério Público Federal entrou com Ação Civil Pública contra 03 siderúrgicas deste complexo: a COSIPAR, IBÉRICA e SIDEPAR. Por isso, as mulheres fizeram ato de protesto na SIDEPAR, cortando eucaliptos e colocando fogo no carvão. E depois, foram em marcha até a entrada do Distrito Industrial e ocuparam por cerca de 4 horas a BR, denunciando todos os crimes ambientais da região e o assassinato de trabalhadoras/es.

No protesto, as mulheres estavam de preto como sinal de luto por causa das mortes de camponeses, como o que aconteceu em 2011 com Zé Claudio e Maria do Espírito Santo. Ainda, com seus lenços, se comprometeram a continuar denunciando, se organizando e lutando contra todas as formas de violência e opressão, que têm sido causadas principalmente pelos grandes projetos da região.