MST faz marcha no centro de Maceió contra as alterações no Código Florestal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Rafael Soriano
Da Página do MST

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Rafael Soriano
Da Página do MST

 

As 1200 mulheres camponesas do MST mobilizadas em Maceió fazem uma marcha na principal via da cidade, a avenida Fernandes Lima, contra as mudanças no Código Florestal e pela Reforma Agrária, na manhã desta sexta-feira. No Alto Sertão do Estado, na cidade de Delmiro Gouveia (330km de Maceió), as mulheres também fazer uma marcha.

Em direção ao centro da cidade, as famílias Sem Terra exigem do poder público a realização da Reforma Agrária, em Alagoas, mais uma vez cobrando a legalização das terras do falido banco estadual (Produban) para fins de assentamento. No Estado e por todo país as vozes das mulheres em luta se fazem ouvir no coro “Veta Dilma”, em defesa do Código Florestal e da preservação de florestas, rios, mananciais e todo meio ambiente.

Desde a manhã de quinta-feira, as mulheres se movimentam em Maceió na Jornada Nacional de Lutas das Mulheres da Via Campesina. Fora realizadas ocupações e negociações no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Eletrobrás Distribuição Alagoas, as lideranças camponesas.

Depois de ocuparem o Ibama e agendar audiência com a superintendente do órgão, Sandra Menezes, para esta sexta-feira, as mulheres se deslocam pela Avenida Fernandes Lima, em marcha até a Eletrobrás Distribuição Alagoas. Na ocupação da Eletrobrás, uma comissão de mulheres foi recebida pela presidência, setor de operações e técnicos e gestores ligados ao Programa Luz para Todos.

A representação da Eletrobrás informou às manifestantes da limitação em resolver a pauta, que já tinha sido apresenta em mobilizações em anos anteriores, pela falta de contratação/licitação de novas construtoras, o que já está superado.

“A vontade desta equipe é fazer”, disse o diretor de Operações da Eletrobrás Vladimir de Abreu, que discutiu com os trabalhadores ponto a ponto do documento protocolado já no mês passado com demandas dos assentamentos.

Na próxima terça-feira (13/3), as novas construtoras fazem reunião com a Eletrobrás para conhecimento das demandas de ampliação ou ajuste de rede em todo o estado.

Segundo Abreu, a intenção da empresa é contemplar, até o final de 2012, no Programa Luz Para Todos a íntegra das áreas listadas pelo Movimento. “Finalmente a Eletrobrás sentiu o peso da organização popular. Se não resolver, voltamos”, alertou Marinete, em assembléia.

“Nós, mulheres do campo, estamos ocupando esses espaços na cidade, no dia 8 de março, para mostrar nossas pautas à sociedade e fazer cobrança e pressão às instâncias devidas”, afirmou Tarciana Ribeiro, da Direção Nacional do MST.

“Estamos aqui contra a violência que atinge as mulheres no campo e na cidade e pela Reforma Agrária. Mostrando a força da mulher, vamos fazer crescer essa luta que não é só de quem está no campo, mas de toda a sociedade”, acredita.

A Jornada Nacional de lutas das mulheres, realizada todos os anos na passagem do 08 de março, já alcança 17 Estados e o Distrito Federal, com marchas, protestos, ocupações e um amplo diálogo com a sociedade sobre as necessidades de um modelo de agricultura centrado na mulher e no homem camponês, que garanta soberania alimentar e preserve o meio ambiente.