Em Alagoas, MST faz mais três ocupações em jornada de lutas pela Reforma Agrária


 

Da Página do MST

 

Os prédios da Receita Federal, Secretaria de Agricultura e do Instituto de Terras e Reforma Agrária (ITERAL) foram ocupados no início da manhã desta quarta-feira (18) em Alagoas, por trabalhadores rurais de todo o estado. Somam-se a essas três, as ocupações nos dois prédios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que acontecem desde terça (17).


 

Da Página do MST

 

Os prédios da Receita Federal, Secretaria de Agricultura e do Instituto de Terras e Reforma Agrária (ITERAL) foram ocupados no início da manhã desta quarta-feira (18) em Alagoas, por trabalhadores rurais de todo o estado. Somam-se a essas três, as ocupações nos dois prédios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que acontecem desde terça (17).

Acampados em Maceió, na Praça da Faculdade, centenas de trabalhadores seguiram em marcha para as três ocupações que marcam o segundo dia da Jornada Nacional de Lutas no estado.

Na sede da Receita Federal, pautando o crédito fundiário, foi questionada a burocracia que dificultam o acesso dos camponeses ao crédito. “É um processo cheio de falhas. Nós já tentamos solucionar o problema em várias instâncias, as falhas continuam e nada foi resolvido”, afirma Betão da Direção Estadual do MST.

Após reunião com representantes da Receita, onde cada movimento presente responsabilizou-se em encaminhar ao órgão os casos de seus assentamentos, o prédio foi desocupado.

As ocupações nos outros órgãos continuam. Ainda para o dia de hoje uma audiência com o Governador do Estado Teotônio Vilela Filho (PSDB). “Vamos questionar o papel e a compreensão do estado com a Reforma Agrária, pautar as nossas demandas e cobrar o compromisso do governo estadual junto À população rural”, ressalta Josival Oliveira do MLST.

A Jornada reuniu os quatro movimentos sociais do campo no estado, Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) que mobilizaram cerca de 4.000 trabalhadores e trabalhadoras rurais de diversas regiões de Alagoas.

Vigília          

Na terça-feira, 17 de abril, os camponeses de todo o estado de Alagoas marcaram a data em vigília na frente do Tribunal de Justiça, no centro de Maceió. Essa data marca os 16 anos de impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás.

Em atividade religiosa, com a presença da Irmã Cícera e do Pastor Paulo, cruzes e velas foram colocadas na entrada do prédio. Em tom de protesto, os trabalhadores lembraram também os militantes do estado assassinados e seus casos de impunidade, como o de Jaelson Melquíades, tombado em 2005 e do Chico do Sindicato, assassinado em 1995.

Denunciando a inoperância da justiça com relação à violência no campo contra trabalhadores rurais, o ato encerrou o primeiro dia de mobilizações no estado em torno da Jornada Nacional de Lutas.