Famílias do MST lutam pela Reforma Agrária no estado de São Paulo

 

Da Página do MST
 

Na manhã desta quarta-feira (23), cerca de 200 famílias de trabalhadores rurais do Assentamento PDS Profº Luiz David de Macedo, ocuparam a rodovia SP250, no município de Apiaí – SP.

 

Da Página do MST
 

Na manhã desta quarta-feira (23), cerca de 200 famílias de trabalhadores rurais do Assentamento PDS Profº Luiz David de Macedo, ocuparam a rodovia SP250, no município de Apiaí – SP.

As famílias reivindicam dos governos federal, estadual e municipal melhorias na parte de infraestrutura, como energia elétrica, estradas, habitação e saneamento básico.

Outras 300 famílias ocuparam a Sede da Unidade Avançada do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no município de Andradina, na última sexta-feira (18). Elas reivindicam a liberação das áreas ainda paradas na região para serem destinadas à Reforma Agrária por falta de pagamento e a infraestrutura básica para os assentamentos precarizados.

No domingo, conseguiram uma reunião com o superintendente Sr. Alberto Vasquez, mas não houve nenhum avanço. As famílias permanecem no local até que a pauta seja atendida.

Abaixo, leia a Carta Aberta produzida pela as famílias:

CARTA ABERTA A TODAS AS PESSOAS QUE ACREDITAM QUE É POSSÍVEL CONSTRUIR UMA SOCIEDADE JUSTA EM QUE A VIDA SERÁ MAIS IMPORTANTE QUE A POLITICAGEM E O DINHEIRO

Somente através da organização e luta dos trabalhadores é que obtemos conquistas, e é por isso que estamos mobilizados aqui hoje e pedimos a todos a compreensão e solidariedade com a nossa luta que tem por princípio a justiça e a melhoria das condições de vida para nós agricultores assentados e aos demais trabalhadores do
campo e da cidade.

Estamos legalmente nesta área há 7 anos e até hoje os GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL, vêm tratando com descaso, omissão e falta de seriedade o
projeto de REFORMA AGRÁRIA. Dado isto que até hoje não foram realizadas a infraestrutura básica para o desenvolvimento do assentamento. Ainda NÃO temos acesso aos direitos básicos que todo cidadão deveria ter e principalmente ENERGIA
ELÉTRICA, ESTRADAS, HABITAÇÃO e SANEAMENTO BÁSICO.

Através desta, também denunciamos a mercantilização das florestas, onde o governo municipal e ONGs oportunistas têm a intenção de desapropriar agricultores para passar a iniciativa privada as nossas matas e obter lucros através da compensação ambiental, recursos esses que deveriam ser convertidos para os produtores que moram e zelam dessas áreas, incentivando os programas de desenvolvimento sustentável.

Denunciamos que a funcionária pública, engenheira agrônoma, Delma Terezinha Ristof Fontanesi está sofrendo perseguição política na realização do seu trabalho por se posicionar a favor dos agricultores, sendo que, foi afastada do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, onde exercia a função de secretária, também foi afastada do CONSAD e do convênio celebrado entre a Prefeitura Municipal de Apiaí e a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Estado, convênio este responsável pela assistência técnica pública e gratuita.

Foram retirados seus meios de trabalho, impossibilitando-a de realizar visita técnica aos produtores e atuar frente ao desenvolvimento rural.

Salientamos que o serviço público de assistência técnica no campo já é precário, sendo assim a prefeitura age de forma irresponsável, causando ainda maiores prejuízos aos trabalhadores do campo, uma vez que a engenheira não tem nada que desabone sua conduta profissional. Repudiamos com veemência as atitudes anti democráticas da administração municipal!