“Políticas públicas devem dar autonomia à juventude”, afirma dirigente do MST

 

Por Iris Pacheco e Hildebrando Andrade
Da Página do MST


Jovens dos movimentos sociais do campo defendem a Reforma Agrária e o fortalecimento dos assentamentos como eixos principais de uma política nacional para a juventude camponesa.

Para Raul Amorim, coordenador do Coletivo de Juventude do MST, o governo federal precisa criar políticas públicas para viabilizar maior inserção da juventude na construção de um novo modelo de desenvolvimento para o campo, ante o agronegócio.

 

Por Iris Pacheco e Hildebrando Andrade
Da Página do MST

Jovens dos movimentos sociais do campo defendem a Reforma Agrária e o fortalecimento dos assentamentos como eixos principais de uma política nacional para a juventude camponesa.

Para Raul Amorim, coordenador do Coletivo de Juventude do MST, o governo federal precisa criar políticas públicas para viabilizar maior inserção da juventude na construção de um novo modelo de desenvolvimento para o campo, ante o agronegócio.

Uma das principais reclamações dos jovens do campo é a renda para que possam ter maior autonomia não apenas no âmbito econômico, bem como na contribuição na construção de um projeto maior, que é a Reforma Agrária. “É preciso construir um modelo de desenvolvimento agrícola sustentável que discuta saúde, educação, agroecologia. Mas é necessário políticas públicas para garantir uma maior autonomia da juventude do campo”, afirma Raul.

Segundo ele, um dos desafios dos movimentos sociais é avançar na organização da juventude camponesa. “No processo de luta, a juventude se reconhece. Tem que fazer essa apropriação para poder provocar uma transformação social efetiva, uma vez que existe predisposição em fazer a luta”, ressalta.

A juventude do MST, da Via Campesina, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), entre outros movimentos, participam do 1º Seminário de Juventude Rural e Políticas Públicas, em Brasília.

No encontro, que termina nesta quinta, os jovens buscam construir da perspectiva dos movimentos sociais uma proposta de política pública para a juventude do campo.
Essa reunião é resultado das discussões de um grupo de trabalho sobre juventude rural composto por representantes de governo, movimentos sociais do campo e da floresta