Sem Terra marcham por terra no município de Ecoporanga no Espírito Santo


Da Página do MST

 

Nesta terça-feira (22), cerca de 200 Sem Terra do acampamento Derli Casali do MST, situado no Antigo Patrimônio Osvaldo Cruz (Bagre), município de Ecoporanga (ES), partiram em marcha do portal da cidade até a sede da Câmara Municipal.

Os acampados foram solicitar ao Poder Legislativo que exija do Executivo a retomada do antigo patrimônio onde os Sem Terra estão acampados e de outras áreas que atualmente estão nas mãos de fazendeiros, pois todo o território pertence à sociedade de Ecoporanga.


Da Página do MST

 

Nesta terça-feira (22), cerca de 200 Sem Terra do acampamento Derli Casali do MST, situado no Antigo Patrimônio Osvaldo Cruz (Bagre), município de Ecoporanga (ES), partiram em marcha do portal da cidade até a sede da Câmara Municipal.

Os acampados foram solicitar ao Poder Legislativo que exija do Executivo a retomada do antigo patrimônio onde os Sem Terra estão acampados e de outras áreas que atualmente estão nas mãos de fazendeiros, pois todo o território pertence à sociedade de Ecoporanga.

Ao longo do percurso, foram distribuídos panfletos à sociedade para mostrar a importância de se fazer Reforma Agrária em Ecoporanga, um dos maiores municípios em extensão territorial do estado e que também ocupa a segunda posição no índice de estado de miséria entre os municípios do Espírito Santo.

As famílias acampadas receberam liminar de reintegração de posse marcada para o dia 31 de maio, quando tropa de choque da Polícia Militar se fará presente para a retirada dos Sem Terra, favorecendo um fazendeiro que se diz dono área.

Os trabalhadores rurais esperam do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) alguma área para assentar as famílias que estão  acampadas, e que assim, possam produzir alimentos para a sociedade.

O diálogo com a sociedade buscou demonstrar que é inadmissível aceitar que pais e mães saiam de suas casas para outros municípios, como São Gabriel da Palha, São Domingos, Vila Valério, Nova Venecia, Bananal, entre outros, para a colheita de café, por exemplo, já que em Ecoporanga não há oportunidade para que estes trabalhadores produzam suas próprias plantações.

Ao invés de estarem produzindo café, feijão, milho, hortaliças – alimentos que compõem a mesa  da sociedade Ecoporanguense -, as terras do município estão repletas de pastagens, concentradas nas mãos de um pequeno grupo que acumulam terras e riquezas, ampliando a desigualdade e a  pobreza da região.