Reeleição de Chávez será vitória para povos da América, diz Stedile

 

Por Hugo Kitanishi



O tom foi da propaganda anti-imperialista e pela construção de um projeto latino-americano de poder.Para João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST e da Via Campesina Brasil, o inimigo é o mesmo.

 

Por Hugo Kitanishi

O tom foi da propaganda anti-imperialista e pela construção de um projeto latino-americano de poder.Para João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST e da Via Campesina Brasil, o inimigo é o mesmo.

“A grande maioria dos problemas que vivemos em nossa América são os mesmos, e se os problemas são os mesmo, isso significa que nossos inimigos são os mesmos. E se esses inimigos são os mesmos, precisamos de um projeto unitário para enfretá-los, pois esses são os inimigos que exploram os paraguaios, que exploram os venezuelanos, que exploram os latinos americanos”, anunciou a liderança sem terra.

“El pueblo unido jamás será vencido!”

Representações populares do Paraguai, Uruguai, Haiti, Cuba, Colombia, Bolívia, Estados Unidos e Venezuela, na melodia de Mercedez Sosa, faixas (‘Agroecologia Soberania para los Pueblos de America Latina’; ‘Campesinos Estamos con Chavez’) e bandeiras (Via Campesina e diversas nacionalidades), abriram o Ato de Integração dos Povos da América.

O ato integrou a programação da 11ª Jornada de Agroecologia e ocorreu no ginásio coberto João Santana, do Centro de Educação Física e Esportes (Cefe), da Universidade Estadual de Londrina (UEL) – que sediou a 11ª edição do evento.

Nas falas das representações populares, a soberania alimentar, a luta pelos direitos humanos e o recente golpe de Estado no Paraguai. “Em Cuba a reforma agrária significou saúde, educação e qualidade de vida. A revolução emana da consciência, mas fundamentalmente do coração!”, frisou a representante cubana.

Transição

O membro da Via Campesina afirmou que hoje a América Latina vive um período de transição, sendo que há vinte anos o método de subjulgar a classe trabalhadora latino-americana foi a ditadura militar. “Hoje tentam recolonizar os povo da América com bancos (o mercado financeiro) e Tvs”.

Para Stedile, a vitória de Hugo Chávez na presidência da Venezuela abriu precedentes para a vitória de governos progressistas na América Latina, como é o caso de Dilma Roussef no Brasil.

A relação entre os povos da latino-americanos, segundo ele, deve promover uma integração para além das alianças entre os governos e economia. “Um projeto de integração para romper a barreira entre os países, onde cada médico sinta-se responsável por cada indivíduo na América Latina”, descreveu.

“Agora é a hora de firmarmos um compromisso com Chávez”, disse o membro da Via Campesina Brasil. Para ele, a perda das eleições de Chávez seria uma derrota para o conjunto das classes populares da América Latina.

“Me comprometo, em nome do meu movimento e do povo brasileiro, a lutar sem descanso contra todos inimigos comuns; ser solidário com todos os povos que lutam; ser solidário com o povo da Venezuela; e desde aqui do Brasil dizer de alto e bom som: os camponeses da américa latina, estamos contigo Chávez! A la vitória! Pátria Livre: Venceremos!”, juramentou Stédile em conjunto aos quatro mil participantes da 11ª Jornada de Agroecologia, em Londrina (PR/Brazil).

Jingle da campanha

Para declarar apoio a Chavez, o cantor e compositor brasileiro Pedro Munhoz criou jingle de apoio do povo brasileiro à campanha do atual presidente da Venezuela para as próximas eleições.

Dentre as rimas que compõe a canção, “Mescla de tanta gente/Nesta terra de Che Guevara/Somos parte, sim senhor/Somos filhos da Mãe Terra!”

Pedro Munhoz encerra com o seguinte refrão, “Venezuela segue em frente, nossa voz e nossa vez, o Brasil está contigo: Chavez, Chavez!”.