Assentados debatem meio ambiente com metodologia do Teatro do Oprimido



Por Maria Tereza Andrade
Da Página do MST

 
Construir uma cultural ambiental voltada para a conservação de recursos naturais e o consumo consciente desses recursos, utilizando-se da metodologia participativa do Teatro do Oprimido. Esta é uma ações desenvolvidas pelo projeto “Agroflorestas SE”, que busca a recuperação do meio ambiente em cinco assentamentos de Sergipe, nos municípios de Estância (assentamentos Rosa Luxemburgo, Paulo Freire II, Bispo Dom Hélder, Manuel Ferreira) e Itaporanga D´Ajuda (Dom Hélder Câmara).  

Por Maria Tereza Andrade
Da Página do MST

 
Construir uma cultural ambiental voltada para a conservação de recursos naturais e o consumo consciente desses recursos, utilizando-se da metodologia participativa do Teatro do Oprimido. Esta é uma ações desenvolvidas pelo projeto “Agroflorestas SE”, que busca a recuperação do meio ambiente em cinco assentamentos de Sergipe, nos municípios de Estância (assentamentos Rosa Luxemburgo, Paulo Freire II, Bispo Dom Hélder, Manuel Ferreira) e Itaporanga D´Ajuda (Dom Hélder Câmara).  

A proposta é construir uma nova matriz de produção, a partir da criação de Sistemas Agroflorestais (SAF´s), e contribuir para melhorar a qualidade de vida daquelas comunidades.

“O grande desafio passa a ser produzir e recuperar a mata ao mesmo tempo”, argumenta Rita Henrique Santos, coordenadora-geral da Associação de Cooperação Agrícola do Estado de Sergipe (Acase), entidade responsável pela realização do projeto.

O “Agroflorestas SE” é patrocinado pela Petrobrás, por meio do “Programa Petrobras Ambiental”, que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do país, com investimentos em iniciativas voltadas à conservação e preservação dos recursos ambientais e à consolidação da consciência socioambiental brasileira.
 
Condutor das transformações

Segundo a coordenadora da Acase, o Teatro do Oprimido serve como canalizador das ações desenvolvidas, a partir da metodologia participativa proposta no projeto, e dá um suporte a mais nas atividades desenvolvidas. “Existe uma interação entre todos, já que no Teatro do Oprimido o público é visto como co-autor e co-ator das peças e condutor das transformações sociais, justamente o que buscamos com o projeto”, argumenta Rita Henrique.

Lupércio Damasceno Barbosa, arte-educador e coordenador das oficinas, explica que todas as atividades do “Agroflorestas SE” são pontuadas por ações do Teatro do Oprimido, mas a proposta agora é intensificar as oficinas com o objetivo de formar um grupo entre os assentados e construir uma peça.

“Utilizamos a arte teatral de forma pedagógica, a partir dos conhecimentos existentes, com o objetivo de despertar a percepção sócio-ambiental e cultural dos participantes. Agora vamos socializar a experiência, por meio de apresentações da peça não só nas áreas de reforma agrária, mas em outros espaços”, observa Damasceno.

O Teatro do Oprimido foi criado pelo o escritor e dramaturgo Augusto Boal, como uma maneira de desconstruir a velha forma do Teatro Convencional, rompendo com a barreira imposta entre público e atores, motivando os espectadores a realizarem intervenções no tema abordado e construírem uma arte coletiva.