Movimentos sociais realizam a 1° Jornada de Agroecologia da Bahia

Por Wesley Lima
Da Página do MST

Entre os dias 26 de novembro a 1° de dezembro, diversas organizações e movimentos sociais realizam a 1° Jornada de Agroecologia da Bahia, que acontece no Assentamento Terra a Vista, localizado no município de Arataca (BA).

O evento tem como objetivo proporcionar um espaço para a reflexão sobre a agroecologia e o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais do território baiano. Para isto, torna-se indispensável à troca de saberes da área, aprendizado prático, construção de uma avaliação e definição de encaminhamentos sobre a Prática Agroecológica no estado.

Diante disto, a jornada está aberta para participação de movimentos e organizações sociais que acreditam neste método produtivo.
Já que esta é a primeira a jornada, a idéia é que o tema “Agroecologia: uma proposta de soberania do território baiano” seja abordada no intuito de construir práticas unificadas capazes de fortalecer a luta social.

A programação segue a seguinte proposta: pela manhã as conferências de análise de conjuntura e formação política; pela tarde as oficinas práticas; e a noite a feira de troca, apresentações culturais, troca de sementes, comercialização de produtos trazidos pelos diferentes povos.

Assentamento Terra a Vista

O Assentamento Terra a Vista do MST já é tido como referência em produção agroecologica nacionalmente. Já se tornou um exemplo de que este método produtivo, além de ser lucrativo, garantiu a sustentabilidade da localidade por não utilizar agrotóxicos no manejo do solo.

Além disso, o assentamento está participando do Concurso no Salão de Chocolate em Paris. As famílias enviaram um lote de amêndoas de cacau orgânico e terá destaque.

Relevância Social

Além dos resultados que se esperam no que tange a discussão acerca das práticas agroecológicas, a construção dessa jornada também é importante para combater o modelo de produção agrícola proposto pelo agronegócio, uma vez que na Bahia este setor está atingindo as terras dos povos, impactando diretamente na identidade, agricultura e soberania dos baianos e ameaçando as atuais e futuras gerações.

Desta forma, é urgente a necessidade de avançar nos diálogos e formações que incorporem aos povos e comunidades tradicionais os conhecimentos capazes de garantir a soberania alimentar e financeira.