Em Brasília, Sem Terra prestam homenagem a Oscar Niemeyer


Por Mayrá Lima
Da Página do MST


Na maioria das vezes, o Palácio do Planalto, uma das obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer, é lugar de manifestações do MST e de tantos movimentos sociais contra a paralisação da Reforma Agrária no Brasil. Todavia, nesta quinta-feira (6), a ida do MST ao Palácio do Planalto teve um objetivo especial, de despedida do companheiro e amigo Oscar Niemeyer, cujo corpo estava sendo velado no local.


Por Mayrá Lima
Da Página do MST

Na maioria das vezes, o Palácio do Planalto, uma das obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer, é lugar de manifestações do MST e de tantos movimentos sociais contra a paralisação da Reforma Agrária no Brasil. Todavia, nesta quinta-feira (6), a ida do MST ao Palácio do Planalto teve um objetivo especial, de despedida do companheiro e amigo Oscar Niemeyer, cujo corpo estava sendo velado no local.

Niemeyer, o MST tem um imenso orgulho de ter sido seu amigo e companheiro

Foram 100 representantes que vieram de diversos estados do Brasil para dizer a Niemeyer o quanto o Movimento Sem Terra o admira e tem orgulho de ter sido amigo deste homem que defendeu a Reforma Agrária e a luta do povo de forma incansável.

“Niemeyer foi mais do que um arquiteto, foi um amante da vida e um incansável defensor da igualdade entre todos os seres humanos”, diz um trecho da nota lida para todos os presentes.

E mesmo que os trabalhadores Sem Terra tenham tido dificuldades de entrar no velório – provavelmente devido ao medo que os seguranças do governo tinham de que fosse feito algum tipo de manifestação por Reforma Agrária – o Palácio do Planalto ouviu a Internacional Socialista entoado pelos trabalhadores e trabalhadoras ali presentes.

“Era comunista, não por doutrina. Mas porque acreditava que todos os seres humanos são iguais e que deveríamos ter as mesmas condições de vida. Por isso, foi acima de tudo um companheiro de todos nós!”, afirma outro trecho da nota.

Em certo momento, um segurança fez um “alerta” aos trabalhadores, ao dizer que estávamos em “um velório familiar”. Pronta foi a resposta de Débora Nunes, integrante do MST: “Por isso mesmo que nós viemos”.

Portaram as bandeiras e bonés vermelhos. Eram mulheres e homens que, com os punhos erguidos, prestaram a sua homenagem ao amigo, na casa que deve ser do povo, arquitetado por um lutador do povo.

“Defendia e praticava os valores humanistas e, sobretudo, o da solidariedade, contra qualquer injustiça (…) Teremos nele, sempre, um exemplo de vida. Grande Oscar, seguiremos te encontrando por aí… nas suas obras e lembranças!”.