Audiência marca abertura da 1° Semana de Luta pela Reforma Agrária no DF

Por Isis Dantas
Da Página do MST

Nesta segunda (15), a Câmara Legislativa do Distrito Federal foi tomada pelo Acampamento Nacional Hugo Chávez. Cerca de 700 pessoas, entre autoridades e militantes da causa da reforma agrária, participaram da audiência pública que abriu a 1° Semana Distrital de Luta pela Reforma Agrária e de Disseminação de Formas Não Violentas Para Resolução de Conflitos.

A audiência foi presidida pela deputada distrital Arlete Sampaio (PT). Segundo a deputada, “somente a luta dos trabalhadores sem terra tem possibilitado ao povo brasileiro saberem que há uma luta pela terra no Brasil e que é lamentável a grande concentração da propriedade da terra nesse País”.

Para o integrante da coordenação nacional do MST, Gilmar Mauro, a reforma agrária não depende só dos movimentos sociais. “O movimento social tem seu papel de organizador, de pressão, de fazer a luta, de expor as demandas, mas hoje, mais do que nunca, a reforma agrária depende de um debate e do envolvimento de outros setores da classe trabalhadora”, defendeu.

“Nós precisamos discutir uma reforma agrária não na lógica distributiva e produtivista que se visualizou, com corte e distribuição de propriedade pura e simplesmente. É preciso ver a reforma agrária pensando em que tipo de uso nós queremos dar ao solo, a água e aos recursos naturais do nosso Brasil”, completou Gilmar Mauro.

O representante da Secretaria de Governo do DF, Jean Lima, parabenizou a instituição da lei. Segundo Lima, a ação “remonta uma importante e urgente pauta que é a luta pela reforma agrária”. Ele informou que o GDF colocou na agenda a prioridade de se fazer a regularização fundiária e reforma agrária no Distrito Federal. Para isso já foram mapeadas 23 áreas, da União e do DF, onde os movimentos estão instalados há mais de cinco anos.

Já Daniel Seidel, secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Tranferência de Renda (SEDEST), afirmou que “é por meio deste processo de diálogo, de enfrentamento ao longo do tempo é que nós conseguimos fazer com que a luta pela reforma agrária no Brasil e no Distrito Federal avancem”.

Também participaram da audiência o presidente da CLDF, deputado Wasny de Roure (PT); o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda – Sedest, Daniel Seidel; o secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal,  Hamilton Pereira da Silva ; a deputada federal Érika Kokay (PT);  o ouvidor Agrário Nacional e Presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo,  Gercino José da Silva Filho;  o Secretário de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural – SEAGRI, Lúcio Taveira Valadão e o Superintendente do Incra /DF,  Marco Aurelio Bezerra da Rocha .