MST tranca cinco rodovias e doa alimentos no Mato Grosso do Sul

 


 

Da Página do MST*

 

Trabalhadores e trabalhadoras rurais do MST, junto com sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), fecharam cinco trechos de rodovias federais e estaduais no estado de Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (17/4).

 


 

Da Página do MST*

 

Trabalhadores e trabalhadoras rurais do MST, junto com sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), fecharam cinco trechos de rodovias federais e estaduais no estado de Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (17/4).

Em Sidrolândia, os assentados de Emerson Rodrigues, 7 de Setembro, Piuva, e da CUT trancaram a BR 060. Ao longo da ação, as famílias fizeram distribuição de alimentos e panfletagem para os motoristas.

As famílias dos assentamentos Ernesto Che Guevara, Ranildo da Silva, Santa Luzia e da CUT, em Nova Andradina, trancaram a BR 163. 

Em Nova Alvorada do Sul, a BR 167 foi fechada pelos Sem Terra do assentamento 17 de Abril e dos acampamentos Texeirinha e Florestan Fernandes. Já as centenas de famílias Assentamento Itamaraty fizeram panfletagem na BR 267.

Foram bloqueadas também rodovias estaduais (MS-060, km 390 e MS-164, próximo a Ponta Porã).

A cada 21 minutos – em referência ao número de sem-terra mortos em confronto com Polícia Militar em 1996 – os manifestantes ocupam as vias para distribuir panfletos e comida aos condutores.

Equipes da Polícia Rodoviária Federal e Estadual fazem a manutenção do tráfegos nas vias e informam que, como as ocupações acontecem em intervalos, o fluxo de veículos não está prejudicado.

As famílias acampadas e assentadas denunciam o descaso dos órgãos responsáveis, já que a construção das casas está parada há três anos. 

Há quatro anos o Incra não faz a desapropriação de áreas para a criação de assentamentos.

O MST denuncia também a ineficiência das políticas de crédito para o público da Reforma Agrária e a falta de capacidade operacional do Incra.

Negociação

Apesar do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) ter apresentado o cronograma da Reforma Agrária em Mato Grosso do Sul para 2013, o MST afirma que vai manter as ocupações nas rodovias do Estado até às 17 horas.

Segundo Atiliana Brunetto, dirigente do MST, os trabalhadores já tiveram acesso ao plano, mas cobra medidas concretas uma vez que o Incra não cumpre os compromissos assumidos. “Todo ano é assim: eles apresentam o planejamento, mas nunca é cumprido. Não temos confiança no Incra e, por isso, vamos manter as ocupações, como uma forma de pressionar”, explica.

Ele afirma que mais de mil famílias estão acampadas no Estado, ou seja, excluídas da Reforma Agrária. “Essas famílias ficam sem acesso aos planos do governo federal para os assentados e a programas de crédito”, acrescenta.

Segundo o Incra em Campo Grande, foi apresentado o Plano Operacional e o Plano Regional Estratégico da Reforma Agrária para líderes dos 178 assentamentos existentes atualmente no Estado. O Incra afirma, ainda, que cumprirá o que foi exposto, seguindo orçamento e cronograma estipulado.

No próximo dia 23, está prevista uma reunião com o superintendente regional do Incra, Celso Cestari, e coordenadores dos seis acampamentos do Estado, para que as reinvindicações sejam reforçadas ao órgão.

 

* Com informações da página MidiamaxNews